23 de novembro de 2016
Em algum lugar do tempo
25 de outubro de 2016
Geraldinho
Mainha, minha irmã e eu virávamos a noite jogando. O desafio era zerar o jogo, mas ficávamos rezando o tempo todo para que não faltasse energia e a partida fosse pro beleléu.
Lembro que eram 50 fases. Quando chegamos nessa bendita, percebemos que elas se repetiam. Ou seja, total de nenhuma novidade. Eram os mesmos desafios. Geraldinho, o protagonista, atirava uma bala achatada. Ele tinha um nariz enorme e usava roupa folgada, meio que caindo. A gente lutava contra umas coisas estranhas e dava altos saltos pra achar o melhor lugar para matar os inimigos.
Também com o videogame fizemos vários torneios de F1. Estava com a trilha doa circuitos na minha cabeça, assim como o pipipipi que ecoava quando passávamos o grid. Lembrei também dos Jogos de Verão e do Vôlei. Esse era incrível porque a gente se baseava mais na sombra da bola do que nela. E não sei o que tinha com os jogadores, mas eles mudavam a direção do braço e o adversário fazia um baita ace. Perdíamos.
Passou esse tempo e deu muita saudade hoje.
22 de agosto de 2016
Menos números
16 de junho de 2016
Pacto
Vinte e nove anos, mentalidade de uma senhora e disposição de uma múmia. Tem uns exageros nessa conta, mas é bem por aí.
Nada como o ócio para se enxergar. Sair da rotina cheia de compromissos, aliada ao clichê de nunca haver disponibilidade de tempo, é uma armadilha invisível e perigosa. Mas não nos damos conta disso até vir a crise. E ela nada mais é que um alerta para que você se mexa. "Tem algo doendo, está incomodando, presta atenção a isso", alardeia. E tudo o que ela quer dizer é: mexa-se!
Somando os conselhos que recebi até ontem e filtrando o que pode ser projeção alheia (outro perigo) ou não, voltei a um plano de vida. Algo meu, só meu e que depende apenas de mim. Todos os desafios listados podem ser executáveis. Criei regras, metas e pequenas recompensas. Li que se fizermos tudo ao máximo de privação podemos ficar desestimulados.
Uma vez, à noite, rabisquei na minha parede tudo onque precisava no momento. Havia itens materiais, como maquiagem e tênis, e outros que diziam respeito à reforma íntima. Consegui apagar alguns deles porque consegui obter. O que pesa mais são os desejos a alcançar. Obter e alcançar são beeeeeem diferentes. Esses últimos também são difíceis de mensurar, confesso. Mas, sendo honesta, talvez eu já esteja caminhando para essa conquista. E digo mais: elas são eternas.
Na verdade, tudo é uma busca constante. Talvez não tenha graça viver sem criar novos objetivos e viver apenas comemorando uma conquista ja empoeirada. Somos movidos à ambição. Uma pena essa palavra ter se tornado tão pejorativa. Mas, filtrada, nos diz para continuar buscando, movendo, saindo. E seja de que jeito for.
22 de março de 2016
ZC
Sair da Zona de Conforto dói. E escrevo em caixa alta porque é quase nome de lugar, assim como bairro. É onde a gente se acostuma a ficar por razões diversas.
Porque é quente (embora nem sempre), já sabemos como é, com quem estamos, quais as dores, quais as alegrias, dominamos a rotina..e por aí vai. Já temos toda a dimensão de como viver na ZC.
É mudança de emprego, fim de namoro, ponto final em lances que notoriamente não estão te fazendo bem, troca de casa. O que não falta é raiz que a gente tem, especialmente quando o solo não é (mais) fértil. Até que um dia você muda. De forma espontânea ou não.
Meu exercício é mudar antes que a própria vida dê seu rumo, geralmente com dores e traumas - que podem ser digeridos e absorvidos como aprendizados.
Ontem saí de uma de minhas zonas de conforto. Resolvi participar de um grupo de mulheres que jogam futebol. Lidei com timidez, vergonha, tensão de ser eacolhida para algum time. Depois só me preocupei em jogar. Por fim, queria apenas sobreviver e controlar meu coração disparado. Hoje já estou no segundo relaxante muscular, mancando e cheia de dor.
Mas estar em quadra e apenas focada em jogar bola fez um bem incrível. Problemas, medo, antigas dorese novas decepções ficaram lá fora. Suar me fez bem. Cientificamente, há a explicação dos benefícios, mas não vou me alongar nisso não.
Fato é que o inusitado fez bem. Sair do plano de "um dia farei alguma atividade" me fez olhar para fora de mim e dar trégua a sentimentos.
Saia você também. Desprenda-se do que faz mal sob o argumento de "tá ruim, mas tá bom". Encara começar tudo ou algumas coisas novamente. Ou de forma diferente. Mas encara muda esse check-in na Zona de Conforto.
22 de fevereiro de 2016
Não se vista como homem
16 de fevereiro de 2016
Odarinha
13 de fevereiro de 2016
Desilusão.doc
Otária compra a ficha >> direciona a manivela para o urso >> ela finge pegar o brinquedo, sobrevoa um relógio e levanta vazia >> vem balançando até o final do percurso meio que comemorando seu fracasso >> tente outra vez.
12 de fevereiro de 2016
Quase 30
Cheguei aos 29 e, como péssima aquariana que sou, daqui a pouco começo a me preparar and preocupar para a crise dos 30. A tão falada.
Mas ainda falta um ano. Sendo assim, posso me ater apenas à comemoração mais inesperada de meu aniversário, na última terça-feira. Sim, a de Carnaval. Logo eu, que ainda estou descobrindo se e o quanto gosto da festa, tive que lidar com esse repetitivo fato de viver minha virada de ano junto com o profano (?). Mas começar a madrugada de aniversário com um abraço de mãe e ligação de irmã só podia ser sinal de dia bom!
Estabeleci como meta só sair de Olinda no dia seguinte. Puro blefe. Nunca passo das 19h nas ladeiras. E eis que só saí às 22h. E, se houvesse mais algo por lá, continuaria.
Encontrei tanta gente. Se fosse festa minha, seria capaz de isso não acontecer. Marquei, desencontrei, vi com sorte da vida...teve gente que foi apenas para me ver. E pegou aperto, suou, mas estava lá. Ri, ri, ri! Ri muito, ainda mais quando se consegue integrar amigos que nunca se viram e ficam entrosados pelo elo da simpatia.
Ontem à tarde percebi que não havia recebido nenhum presente. Acabou a chance de fazer aquela foto na cama cheia de embalagem de lojas de perfumaria, roupa..hahaha. Anos passados ganhei coisas incríveis de pessoas importantes. Este ano foi diferente.
Meus presentes estavam expostos nas homenagens no Facebook, nas conversas no WhatsApp e ligações - muitas não atendidas porque estava na rua. E não estou falando de relações virtuais ou distantes. Vivemos tecnologia, então usemos e abusemos da ferramenta para isso também. São contatos próximos e/ou que estão de reaproximando.
Foi um Carnaval de reencontros e recomeços. De uma relação nossa: minha comigo.
Mas, acima de tudo, de perceber que o meu maior presente é gente!
Foto: Google
2 de fevereiro de 2016
Aquariana
Signo: aquário
Ascendente: peixes
Realidade: drama e apego de peixes, individualidades momentâneas de aquariano, toc de geminiana e sabe Deus o resto.
Se aquariana eu fosse, seria este gato abaixo:
(Foto: Efeito Animal)
31 de janeiro de 2016
Vida, sua lôka
28 de janeiro de 2016
Efêmero
Segundo os médicos, ela vive mesmo essa realidade. De fato acredita morar com os pais e ser mais nova que todo mundo. O ideal, diante disso, é não contestar para não gerar estresse nela. É desnecessário, até porque ela acaba esquecendo logo depois.
27 de janeiro de 2016
Vráu
>> Não me distancio muito de mim
25 de janeiro de 2016
O abraço
Aprendi a abraçar em um curso que fiz há uns dois anos. “O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”. Preguiça danada desse clichê que legenda tooodas as fotos do Instagram agora...zzz
Voltando..achei que soubesse abraçar e já recebi inúmeros afetos e carinhos através dele, é verdade. Óbvio que também já ganhei aqueles momentos gélidos e que não queriam expressar carinho algum. Coisas desse mundão de Deus. Mas ontem, revivendo esse curso que fiz, passei uns dois minutos abraçado a um rapaz que nunca vi e talvez não o encontre facilmente. Lembro o primeiro nome, mas ele não deve nem sonhar com o meu. Porque ali não importava a identidade do outro, cargo, objetivos, dramas, penas, nada. Valeu, apenas, a conexão entre dois seres sem interesse algum, exceto receber e retribuir um carinho gratuito e desprendido.
Acho que não abraço o tanto quanto deveria. Meta interna: negar menos esse colo.
24 de janeiro de 2016
Siiiiiiimmmm
Quando voltam à realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira >>
17 de janeiro de 2016
Não são dez dias
Abre de um dos capítulos de Quarentena Amorosa |