22 de março de 2016

ZC

Sair da Zona de Conforto dói. E escrevo em caixa alta porque é quase nome de lugar, assim como bairro. É onde a gente se acostuma a ficar por razões diversas.

Porque é quente (embora nem sempre), já sabemos como é, com quem estamos, quais as dores, quais as alegrias, dominamos a rotina..e por aí vai. Já temos toda a dimensão de como viver na ZC.

É mudança de emprego, fim de namoro, ponto final em lances que notoriamente não estão te fazendo bem, troca de casa. O que não falta é raiz que a gente tem, especialmente quando o solo não é (mais) fértil. Até que um dia você muda. De forma espontânea ou não.

Meu exercício é mudar antes que a própria vida dê seu rumo, geralmente com dores e traumas - que podem ser digeridos e absorvidos como aprendizados.

Ontem saí de uma de minhas zonas de conforto. Resolvi participar de um grupo de mulheres que  jogam futebol. Lidei com timidez, vergonha, tensão de ser eacolhida para algum time. Depois só me preocupei em jogar. Por fim, queria apenas sobreviver e controlar meu coração disparado. Hoje já estou no segundo relaxante muscular, mancando e cheia de dor.

Mas estar em quadra e apenas focada em jogar bola fez um bem incrível. Problemas, medo, antigas dorese novas decepções ficaram lá fora. Suar me fez bem. Cientificamente, há a explicação dos benefícios, mas não vou me alongar nisso não.

Fato é que o inusitado fez bem. Sair do plano de "um dia farei alguma atividade" me fez olhar para fora de mim e dar trégua a sentimentos.

Saia você também. Desprenda-se do que faz mal sob o argumento de "tá ruim, mas tá bom". Encara começar tudo ou algumas coisas novamente. Ou de forma diferente. Mas encara muda esse check-in na Zona de Conforto.

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