29 de julho de 2010

Vira

O que se espera de um vira-lata? Que, se comparado a um puro pedigree, ele seja mais corajoso, assuste a vizinhança. De modo geral, te dê segurança. Tenho uma vira-lata chamada Mocinha, que foi presente de uma amigona (?): Buh.

Dias atrás, já tarde da noite, estava vendo TV no quarto quando a vejo chegar perto da minha cama. Fingi que estava dormindo e ela foi para perto da minha irmã. Como não obteve sucesso, saiu do quarto. Menos de um minuto depois, ela voltou. Com essa insistência, pensei que ela queria sair – ela tem uma mania de querer sair de madrugada. Levantei e fui ver se era isso, mas não. Quando vi o que era, quase a coloco para fora de casa. Tinha uma barata perto da cama dela e ela, pasmem, estava com medo. Matei o bicho e, quando me desfazia do cadáver dele, ela voltou pra cama e foi dormir.

Buh, aceita devolução?

27 de julho de 2010

Amizade

Tem amigo safado quem pode, não é?
Pois bem.

Cerveja, cerveja, cerveja...

Eu não quero parecer alcóolatra não (até porque minha mãe lê o blog), mas me diz se não dá vontade de tomar uma cerveja gelada?




Sir Rossi é um projeto paralelo de Silvério Pessoa. A banda canta os clássicos de Reginaldo Rossi de forma divertida e com qualidade.


Confessa, vai.

20 de julho de 2010

Dia dos Amigos

Hoje, 20 de julho, comemoramos o Dia dos Amigos. E aí, você continua mandando uma mensagem com declarações para as mesmas pessoas? Entrou mais gente? Alguns se esforçaram para sair de seu grupo? Você contribuiu para que outras estejam afastadas? Ou você só lembra de dizer que ama seus amigos só hoje?

Para refletir mais um pouco, Osvaldo Montenegro canta  A Lista. que entre outras coisas,  aborda a amizade:




Aos que sabem que são meus amigos e aos que não sabem, amo vocês;
Aos que estão longe ou aqui do lado, amo vocês;
Aos que não falo mais de três vezes por ano, amo vocês;
Aos que falo sempre em datas de aniversário, amo vocês;
Aos que falo todos os dias e o dia todo, amo vocês;
Aos que me amam, mas acham que sou farrapeira; amo vocês;
Aos que lembram de mim e aos que não, amo vocês;
Aos que descobri que poderiam ter sido meus amigos, amo vocês;
Aos que não são somente meus primos, tios e avós, amo vocês;
E, finalmente, a quem me aguenta todo dia, como minha mãe irmã, amo vocês também.

19 de julho de 2010

A árdua paixão

Depois de combinar na sexta-feira, ontem fomos ao que teimam em chamar de jogo, no Arruda. Era Santa Cruz contra o CSA, de Alagoas. A trupe: mainha, meu tio, um primo e eu. Ah, e também foram as senhoras Persistência, a Confiança a Fidelidade. A dona Esperança recuou e, às 14h30, pouco antes da partida, disse que não iria mais uma vez.

Mesmo desacompanhados da dona Esperança, lá fomos nós. Em dia de sol de rachar, caminhamos as três ou quatro ruas que separam minha casa do estádio. Compramos o ingresso e fomos entrar, não sem antes passar por um leve aperto nas catracas. Passou rápido, até porque me concentrei nos arrepios que sentia ao ouvir aqueles fervorosos torcedores cantarem e baterem palma antes de chegar às arquibancadas.

Entramos, procuramos sombra e nos acomodamos para assistir ao espetáculo, que atraiu 20 mil torcedores - o maior público da rodada de todas as séries do Brasileiro. O time do Santa entra em campo, começam os fogos, os cantos, a vibração...aquela energia gostosa. O tio assopra o apito e a Confiança começa a sair do estádio. Cada passe errado, bola furada, cabeceio para o interior de Pernambuco e cobrança errada aumentavam os argumentos da dona Confiança. Não teve jeito. Foi embora.

À medida que o relógio andava, a nossa expressão anuviava. Obviamente, quem é tricolor, tem notável bom  humor. Entre um 'filhodaputa', um 'tocabolacarái' e o mais usual 'vaitomarnocu,juizfilhodaputa', surgia uma piada. O tema? A falta de qualidade de todos os jogadores. E é porque treinam e dependem do salário que recebem. Aliás, chegamos à conclusão de que quem deveria receber salário são os torcedores. Tem que ter alguma retibuição. Já que não vem em formato de vitória, que se encha o bolso!

Quando o CSA fez o suado gol, a Fidelidade começou a ir embora. Alguns não aguentaram tanta tortura e voltaram mais cedo para casa. Outros, como nós, resistem e assistem até o final. Para os que ficaram lá, acompanhados da tímida Persistência, restou desabafar com vaia ao vexame apresentado durante 90 minutos.

O Santa Cruz perdeu na estreia da série D, que, à propósito, foi criada por nós. Despencamos tanto na tabela que nos restou montá-la. É mais ou menos assim: todos os piores times do Brasil disputam para ver quem será o menos ruim na série C. No ano passado, não conseguimos esse feito de subir. Permanecemos na última. Isso, por si só, justificaria qualquer evasão nos estádios do Náutico e Sport, nosso rivais. Com o Santa Cruz, não. 

Nós criamos motivos para ter alegria. Inventamos desculpas para comemorar, sorrir e pagar pelo ingresso. E isso é motivo de inveja de outros torcedores. Nenhum outro tem esse patrimônio: torcida. Sim, distorcemos também. Manter a fé é uma trabalhosa tarefa. Levar a dona Esperança ao estádio é uma lenda agora. 

Nesta segunda-feira, ainda ressacados, estamos acompanhando as consequências da derrota para o CSA (segundo meu primo, o CSA entrou de afoito na disputa. Na verdade, outro time de Alagoas conquistou a vaga, mas perdeu, com as chuvas, perdeu tudo, inclusive o campo). Nem as mudanças que estão para acontecer vão fazer com que a dona Esperança volte atrás de sua decisão de não ir mais aos jogos do Santa. Só apelamos agora para a Fidelidade e Persistência. Nossas eternas companheiras.


13 de julho de 2010

Crianças

Tenho um talento nato para lidar com crianças. Adoro esses pequenos seres. Pena não ser recíproco. Antes que eu chegue ao motivo que me trouxe aqui, vale relembrar alguns casos:


Caso 1
Uma colega do trabalho levou o filho para o escritório. Ele é lindo, fofo demais. Fui tentar ficar amiga dele. Puxei o assunto:
 
Eu: Lindo, você aqui! Está faltando aula, né? haha..
Ele: eu estudo à tarde.
 
Calei-me.


Caso 2
Ontem, fui bater papo com João, filho de Bruna. Ele tem dois anos. Depois do blábláblá de saber como ele estava, e óbvio, não obter muito sucesso na resposta, ele peguntou "tudo bom?". Me derreti na hora e disparei:


Eu: vou casar com você, viu??!!

(silêncio na linha)

Bruna pega o telefone e: Menina, o que tu falou para ele? Ele ouviu alguma coisa e tirou logo o telefone do ouvido!

Acho que é a mãe dizendo para ele curtir a vida antes de assumir compromisso! Só pode!


Caso 3
Ontem à tarde recebi a ilustre visita de minha amiga Bruna e João, o amor da minha vida. Aí, como está chegando o aniversário de um ano dele, fomos na casa de uma mulher que fez o bolo do anivresário da mãe dela. O lugar é um pouco longe, fica na mesma rua onde morei.
Lá fomos nós. Fizemos um revezamento com João e ficamos distraindo ele com as coisas da rua, como se faz com todas as crianças.
Aí...

Buh: ò, Jão, um carro.

[ele, no meu braço, vira e olha]

Eu: Eita, Jão, vem um carro grande agora

Buh olha pra minha cara e depois fala para ele: Jão, ela quer dizer "ônibus"

¬¬'
eu não sabia que ele já sabia o que é ônibus, né?!


Agora, o mais atual:
Fui ao shopping na semana passada. Depois de cumprir minha missão, como boa adolescente, fui comer. A praça estava cheia e minha opção acabou sendo uma mesa com mais de seis lugares. Quanto estou na minha segunda mordida, vem uma trupe cheia de crianças e pais e me pergunta se podem se alojar ali. Simpática que sou, afirmei que sim, claro.

Um rapaz, suponho que seja um pai, acomodou a menina e dois meninos e fez nossa apresentação. Após isso, foi comprar o lanche para elas. Pronto, começou o drama. Sem saber o que conversar arrisquei;

Eu: Passeando?
A menina: sim.
Eu: hum....

(silêncio angustiante. Eu deveria ter levado como um sinal, mas não. Insisti - e logo com a menina, que era a mais nova, mas a mais esperta e antipática)

Eu: Está de férias?
Ela: aham.
Eu; E passou na escola?

(ao ver a reação dela, fui tentar consertar)

Eu: Ah, não. No meio do ano não tem provas assim
Ela, com uma cara de desdém, não respondeu. Abriu a mão e virou a cabeça em uma clara expressão de : óbvio, né, jumenta!?

Viram que eu tento, né?

8 de julho de 2010

Autoconfiança

Estava conversando com Allys, com quem compartilho piadas de humor negro, sobre o poder da autoconfiança. Não, não possuo essa coisa em mim. Aliás, nem sei o que é. Se misturar com feijão, fica bom?

Enfim, o motivo de nossa conversa produtiva foi o rumor de novo affair que Maria Gadu e Daniele Suzuki estariam tendo. Perguntei, assim que li Te Dou um Dado?, mas o que danado Maria Gadu tem para conquistar mulheres bonitas? É o segundo boato, ou não. O primeiro foi com Luiza Possi. Na verdade, na verdade, não creio que seja verdade, mas, se fosse, o que seria? Convenhamos, Gadu não é bonita. Mas pode ser uma pessoa maravilhosa e agradável, correto?

Li um livro que justificava um casal composto por uma beldade e outra pessoa, digamos, fraca de feição: autoconfiança. Quando a pessoa se sente segura e aceita seus defeitos e qualidades, reflete em seu visual. Não que haja uma plástica, mas transmite boa energia para quem está ao seu redor.

Bom, sendo assim, essa teoria se aplica também a Marcelo Falcão, o cantor. Também aplicarei a mim a teoria. Testando no 3..2..1..já!

7 de julho de 2010

Causos da vida


Em um passado não muito remoto, adotei a brilhante idéia de economizar passagem utilizando a integração. Quem usa esse tipo de sistema sabe que não é fácil pegar ônibus por lá em horários de pico. O comprimento da fila é o de menos. O que me corrói é a falta de educação, a gana que as pessoas demonstram para conseguir entrar no ônibus. Não respeitam ninguém. Nem a própria fila.

Para me consolar, ouço músicas. Certo dia eu estava com o MP3 (hoje em dia, coisa ultrapassada). Só que o fone – sempre ele – estava falhando. Então, preparei aquele arranjo para tentar faze-lo funcionar. Quando consegui, não mexi mais o braço. Fiquei na fila, curtindo a paz do momento, quando uma pessoa vem do outro lado do terminal e esbarra em mim. Tudo isso porque o ônibus havia chegado e ela queria furar fila. Aí foi demais. Não havia energia que me fizesse não revidar. A raiva não foi perder meu lugar. Foi ter tirado a música quando ela estava chegando no refrão. Aí foi o cúmulo! Sem titubear, coloquei meu pé para ela tropeçar. Bem feito. Ela cambaleou e ficou procurando o meliante que havia feito aquilo com ela. Até hoje não sabe. E nem lembra, se brincar!



Recebi, hoje (07/07) um e-mail de um cliente e compartilhei com uma amiga do trabalho, afinal, atendemos juntas esse cliente. O assunto do e-mail não vem ao caso, apenas a data 18/09.

Mando o e-mail e ela responde:
Que boooom!
Já é esse sábado, o outro!
;D

Eu respondo:
Alôooooooooou?! Recife - 18/9

Agosto, doida!

Ela reponde:
Aloooooooo 09 é setembro e n agosto

6 de julho de 2010

Greve de fome

Estava lendo o Jornal do Commercio de hoje e parei na matéria “Fariñas responsabiliza Fidel e Raul Castro”, publicada na seção Internacional. O texto fala sobre a greve de fome do jornalista Guillermo Fariñas, cujo objetivo é a libertação de 25 políticos presos.

O que me intrigou foi a declaração de Fariñas: “Estou consciente de que morrerei em breve e considero isto uma honra. Os únicos responsáveis são os irmãos Fidel e Raúl Castro”. Não vou questionar patriotismo e ideologias políticas. Também não vou passear pela história de Cuba. Não.

O que está me encafifando é o fato do cidadão estar, por vontade própria, há 132 sem comer e jogar a responsabilidade de sua morte para outra pessoa. Quem é que tem que cuidar do próprio corpo, afinal de contas?

Não tenho memória, confesso, e não recordo de um caso de sucesso no que diz respeito à greve de fome. Lembro só do Garotinho, que fez greve, apareceu magro e abatido na imprensa, e logo depois abriu a boca e voltou a comer. Ah, lembrei também do padre que era contrário à transposição do Rio São Francisco.

E se chegar à morte? Os irmãos Castro aparecerão na TV pedindo desculpa pelo falecimento? Duvideodó! E quer saber? Acho que temos que ser mais racionais. No meu humilde modo de ver, acho extremamente idiota (tentei colocar outro adjetivo, mas não consegui) uma atitude como a da greve de fome. Com todo o respeito, claro.

2 de julho de 2010

Estamos fora

Talvez este post seja um desabafo único. Não pelo fato de eu ser uma mega escritora ou filósofa. Único no sentido de talvez só eu partilhar essa opinião. Enquanto aqui ao redor do escritório bombas e os shows consolam os que não têm que trabalhar, escrevo este desabafo.

Hoje, o time brasileiro acabou a esperança de uma nação. Obviamente, não era esse o objetivo dos jogadores que entraram em campo contra a Holanda. Mas, como qualquer time, perde e ganha. Hoje, a vez foi da derrota. Nesta sexta-feira de tempo chuvoso, os brasileiros vão ter que aceitar que saímos da Copa do Mundo, que não teremos mais folgas no expediente e, o mais doloroso, que a Argentina pode seguir em frente.

Nas ruas, todos se entreolhavam com um olhar que misturava consolo e também tristeza. As camisas ainda estão estampadas nos corpos. Ou porque as pessoas ainda não voltaram para casa ou, como é o meu caso, continuo orgulhosa e apaixonada pelo Brasil.

Talvez eu esteja misturando a paixão que sinto pelo povo brasileiro, pela sua cultura, beleza e alegria que temos. Mas acho que não é esse o caso porque não estou decepcionada com a escalação de Dunga. Lógico que não fiquei feliz em ver em campo um time abatido – coisa que não somos. Chorei com a entrevista de Júlio Cesar e apoio todos eles. Acho uma tremenda idiotice quem agora abandona a seleção, enche a boca e diz: "Vou torcer pela Argentina!". Coitados. Acho que, na verdade, eles fazem isso para esconder a dor.

Somos, sim, guerreiros e lutadores. Vamos superar, como fizemos em copas anteriores, e vamos esperar de braços abertos a próxima Copa. Para frente, Brasil!
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