31 de outubro de 2008

Sorte do dia

Sou daquelas supersticiosas que não acredita muito em simpatias, lendas e horóscopo. Mas, se nao faz mal, não custa nada acreditar, né? Leio horóscopo, faço simpatias e não passo por baixo de uma escada.
Pois bem.

Como todos sabem, o orkut é filósofo/ astrólogo e envia uma mensagem de sorte do dia. Nunca acreditei nele porque uma vez, ainda desempregada, apareceu a frase "Você será promovida na sua ampresa".

Minha crença foi refeita ontem quando abri e li a seguinte mensagem espiritual "seu destino mudará completamente hoje". Na mosca! Consegui um emprego.

Hoje, tem "Você vai herdar uma grande quantia em dinheiro".

Ele tem algumas horas ainda para fazer isso acontecer....

30 de outubro de 2008

Curiosidades

Recebi duas reclamações hoje por abandonar o blog. É que estava na maior correria: pintando a casa há dois finais de semana - e continuaremos no próximo -, com textos para produzir e pela própria falta de inspiração. Na verdade, ainda estou, mas, ao olhar a caixa de som do computador, me veio um post.
Semana passada, passei em frente à mesa do computador e vejo uma coisa estranha na caixa de som. Páro, olho e identifico o objeto: um brinco. Minha digníssima mãe tirou o acessório e o pendurou na caixinha. Mesmo que ela não tivesse assumido, eu teria certeza da autoria do crime. Volta e meia, tem um brinco pendurado na toalha de rosto ou no sofá (quando tínhamos uma poltrona).

Pensando nisso, resolvi listar outras particularidades desta casa. Lá vai:

1- Durmi com minha vira-lata na cama porque ela teve uma crise de carência e estava chorando muito. Para evitar o estresse durante a madrugada, coloquei-a na minha cama. Para evitar que ela brigasse com Negrita, pus coleira nela e amarrei em mim.
2- Temos um cágado, que se chama Alzira. Minha irmã sempre acha que ela não precisa comer porque "coloquei comida para ela semana passada"
3- Minha mãe teve um surto e resolveu pintar uma parede de cada cômodo colorida;
4- Negrita, no auge de sua mocidade sexagenária, exige que você saia com ela assim que botar o pé para dentro de casa. Não importa se você passou o dia fora ou se foi apenas colocar o lixo lá fora. Ela late até você sair com ela, mesmo a porta da área de serviço estando aberta.
Nossa tática: pisar devagar e, quando ela perceber sua chegada, contar que chegomos há um tempão. Ainda estamos em teste com essa metodologia;
5- Continuando nela... ela também exige sair de manhã cedo. Ela dorme no chão lá do quarto. Assim que escuta algo ou sente o perfume, ela acorda, levanta e vai para a pessoa pedindo para sair. A tática: subir no banco, na cama ou correr para outro lugar.
6- Sábado, Mocinha rosnou para Negrita; no domingo, mostrou os dentes; na segunda, o pau comeu.

7 - Temos uma máquina de lavar que é um ótimo porta-sacos;

8 - Mozão, meu cunhado, disse que a gente poderia economizar cartucho comprando as tintas e nós mesmas fazermos a recarrega. Compramos. Resultado: os dois cartuchos foram pro beléléu. Tivemos que comprar dois novos para a impressora voltar a funcionar.

9- Ligamos para o pet vir buscar Negrita para o banho e tosa dela. Quando o rapaz vem, coitado, é obrigado a ouvir: "Moço, ela é cega, então, se assusta fácil", "Cuidado com ela..já tá velhinha", "ela não pode se estressar, senão, adoece", "Moooço, pelo amor de Deus, se ela ficar diferente, traga-a imediatamente. Não dá duas horas e ela volta limpinha, cheirosa e tosada.. e não acontece nada!


Se eu lembrar de mais, continuo!

17 de outubro de 2008

Sobre o sequestro

Neste exato momento, Eloá Pimentel e Nayara Silva, que foram mantidas reféns por Lindemberg Alves (ex-namorado de Eloá) estão internadas porque foram foram baleadas no final do sequestro. Ele já foi para a prisão, claro. E ileso!
Ainda há diversas informações desencontradas e prefiro não relatar muito o caso para não ser mais um levante de notícia irrelevante e equivocada.

No entanto, só queria expor aqui toda a minha revolta e indignação com a atitude do rapaz ao descumprir as negociações e dar este fim ao sequestro mais longo da história do País. Primeiro, por ter tido essa iniciativa desesperada; depois, por agir como um ser irracional - coisa que nos diferencia de animais.

Assim como todo o Brasil, me envolvi neste caso. Acompanhei todos os momentos e fiquei na torcida e expectativa para que ele se entregasse e libertasse as meninas sãs e salvas. Infelizmente, não foi isso o que aconteceu. E cá estou triste com o desfecho.

Enfim, só nos resta rezar. Façamos isso, por favor.

Que elas sobrevivam!
Que ele pague!

15 de outubro de 2008

Sangue!

Por onde anda a tecnologia e os avanços da ciência neste mundo? Com tanto estudo, ninguém pensou em como fazer o hemograma de modo mais simples e menos doloroso?
Vejamos!

Fui fazer o hemograma hoje de manhã. Fiquei as 12 horas sem comer nadinha e fui para o laboratório. Peguei a senha e fiz meu cadastro. Enquanto não era chamada, ouvi música, li jornal e ainda relembrei minha conversa ao telefone com Tio Carlinhos, em que ele dizia "qualquer coisa, me liga, visse?". Eu, claro, não dei lá essa atenção toda porque eu não passaria mal.

Eis que ouço a voz me chamar e toda a minha psicoterapia foi embora, mas me mantive firme e forte. Entrei na sala, sentei, estiquei meu braço, virei o rosto e fiquei esperando a agulhada. Senti aquela dor sutil e estava certa de que acabaria rápido e eu poderia dizer que sobrevivi ao exame. No entanto, começou a doer. Falei para a moça e ela começou a mexer meu braço porque, segundo ela, não estava conseguindo tirar muito sangue porque eu estava tensa. Pura inverdade!

Ela retirou a agulha e me pediu o outro braço. Pronto! Comecei a me sentir mal. Disse a ela e ela me acalmando, dizendo para eu abrir e fechar a mão. Fiz tudo o que ela pediu, pensei até em outra coisa, mas não deu. Disse que tava passando mal, ela terminou a coleta e foi me acudir, já que minha pressão tava jogada no chão. Abaixa, levanta, respira pelo nariz e solta o ar pela boca. Beba também este café. Decorei tudinho.

Sabe uma sensação ruim? Foi mais ou menos isso. É aquele meio-termo: nem desmaia, nem fica bem. Eu queria é ter logo desmaiado, só assim eu não sentiria mal-estar.

Fui melhorando e a moça me levou para a outra sala. Fui segurando nos braços dela para não cair. Lá, sentei e comi uns biscoitinhos que me deram e fui me acalmando. Daqui a pouco, uma outra moça chegou e: "Você está acompanhada?". Minha vontade era dizer que estava abandonada, que não tinha pai, mãe, irmã ou seja lá quem for. Fazer aquele drama. Mas aí, como não era nada disso, respondi que sim e que ligaria para minha mãe caso precisasse. Até liguei, mas consegui voltar sozinha para casa.
Não sei se estava tão notório, mas quando passei pela sala de espera, todos ficaram me olhando.

Voltemos à abertura do post. Já poderiam ter inventado alguma coisa mais simples, menos profundo para se coletar sangue. Uma pílula ou, quem sabe, uma anestesia para que eu não acompanhasse o processo. Foi na dura sorte mesmo. Não sei como as pessoas conseguem ir trabalhar depois de passar por uma coisa dessas. Isso é porque estou falando só do hemograma. Imagina se eu fosse discorrer sobre o parasitológico? Credo.

E eu reclamava quando tirava sangue na infância. Ia e voltava de carro, tinha acompanhante e ainda ganhava um pacote de pipoca do laboratório!

Relacionamento de cunhado:

Balbo ® diz:
falaaaa mala de xinacol!


Tacyana diz:
mala de xinacol!

Tacyana diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Balbo ® diz:
falaa..sibito com dengue!!


Tacyana diz:
fala mais, fala mais

Balbo ® diz:
hahahaha

Balbo ® diz:
quer aprender, é!?


Tacyana diz:
não, não

Tacyana diz:
quero salvar e colocar no blog

13 de outubro de 2008

Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu....


O dia está movimentado. Trabalho, reuniões, apuração, pauta...
Estamos na metade do dia. Você já preencheu a outra parte dele.
O que antes eram apenas horas de incerteza, agora são lembranças.
Se são boas ou más, não importa.
O fato é que você lembrará das horas vividas.
O que importa é o que você está sentindo.
Neste momento, você já recebeu mensagem, ligação,
se comunicou pelo msn e pensou. O que mudou?
O que você sentia antes de começar seu dia? O que sente agora?
Respondendo a mim mesma, digo que é uma mistura de tédio, saudade, frustração, contentamento e expectativa.
Mas, o que se destaca é o sentimento de incompetência.
Com o trabalho? Não, necessariamente.
Meu conceito de incompetência é amplo.
Podemos incluir nele a nossa vida como um todo.
Posso me achar incapaz de planejar e executar alguma coisa,
de descer e comprar comida, de voltar para casa,
de me sentir bem ou de fazer dar certo algo que tanto desejo.
No entanto, a sensação de incompetência pode gerar uma motivação para chegarmos a seu antônimo: competência.
Sejamos práticos!
O ser humano é um ser adaptável e detentor de seus sentimentos.
Se nos sentimos de uma forma, temos a capacidade de reverter - caso estejamos incomodados.
Sendo assim, nada de preguiça ou conformismo.
Como diz Lenine,

"Não tá bom? Melhora!"

Pouco de poesia

Recebo e-mail do Blog Digestivo Cultural. Li um texto que gostei e, por isso, resolvi colocar aqui:


Desventuras Prosaicas

Traga os cigarros, os cafés e os beijos e prometo, nada será como antes. Esqueça as grandes mazelas e delicie-se com a ironia das pequenas desgraças. Desperdice companhias agradáveis e marque um encontro com seu eu lírico. Voe alto e não caia do abismo sem o bat-cinto-de-utilidades; caso caia, ria do seu cadáver desmembrado e pense: "Jamais conseguiria isso com yoga!". Não jogue fora os livros do Paulo Coelho; faça fogueira com eles e chame os amigos para um culto satânico entre marshmallows no espeto e PJ Harvey. Não chore nos velórios — eles são os últimos shows e os defuntos, as estrelas. Não conte piadas em enterros — a última piada pode ser... mortal. Escute Norah Jones, e quando mais velho escute Billie Holiday — os pequenos peixes sempre levam aos grandes. Sinta a paixão apunhalar o seu coração; mas não esqueça de renascer depois ou Nietzsche vai se revirar no túmulo cinzento. Perca seu guarda-chuva, deixe que a chuva molhe as suas roupas e cabelos, mas não esqueça de passar no Carrefour e comprar chá de camomila depois. Leia Platão, Aristóteles e Virginia Woolf, mas não deixe passar a Tititi que prometer responder a seguinte pergunta: "Cher, Thalia e Marilyn Manson tiraram mesmo as costelas?". Saia para os inferninhos mas não os leve pra casa — o lar é o céu que você tenta disfarçar de inferno. Pense sempre nos amigos como família, mas não se engane — "família" não é sinônimo de "amizade". Tome sopa num dia de verão, tome sundae num dia de inverno, invente neuroses e dê a elas nomes de Smurfs — quebre as convenções e estará aumentando o mercado de trabalho da antropologia. Acredite na perfeição, na felicidade e na eternidade de um único momento e me procure em seguida — tentarei absorver um pouco por osmose. Viva cada dia como se fosse o primeiro e tente ver a beleza na falta de obviedade. Não seja medieval, tampouco renascentista. Seja enfaticalista! Não veja o vídeo do Filtro Solar em demasia, ou acabará fazendo algo como... isso. Enfim... viaje, abandone, fuja, corra, e volte. Volte. Ame, odeie, destrua, reconstrua, erre, e seja sempre fiel ao que te conduz.
Amém.

10 de outubro de 2008

Relação entre orkut e coração

Percebi, hoje, que há uma relação entre o orkut e nosso coração. Claro que não me refiro ao fato de ficarmos fora do ar ou algo do tipo. Afirmo isso pela observação sobre os tipos de amizades que carregamos em nossa vida.

Tenho amigos que têm mais um monte de amigos contabilizados pelo orkut. Tenho também os que não possuem uma grande lista. A quantidade em si não diz muito sobre o sentimento existente entre essas pessoas conectadas pela rede. Muitas vezes, significa apenas volume no perfil.

Descobri a relação existente entre o orkut e o nosso coração quando decidi fazer uma faxina no site. Fui passando de página em página e lendo cada pessoa que constava. Li e avaliei minha relação com ela. Depois de olhar todos, voltei à primeira página para começar a exclusão. Não eliminei à toa. Tinha gente que só conheci virtualmente, da época de escola, que eu reencontrei graças à evolução tecnológica e os que até conheci recentemente.

Tinha gente que me adicionou por adicionar mesmo (ou por ter um nervoso nos dedos e sai adicionando quem estiver na frente), os que se tornaram meus amigos por serem amigos de minha mãe ou de Taty, os que fazem parte de minha família, os que compartilham de uma mesma comunidade e, claro, os que estão bem próximos de nós.

O fator determinante para eu diminuir minha lista foi simples: meu contato com o "amigo" em questão. Vi que tinha gente que não falava comigo ou que simplesmente não me respondeu scraps. Não que eu exija uma resposta imediada, mas não admito quando ignoram meus recados (envio, no mínimo, dois. Se não responder, encerro a amizade).

Durante esse processo, percebi que isso acontece no dia-a-dia. Quando não mantemos contato, a pessoa vai sendo esquecida, você conta menos com ela e passa a considerá-la menos. Os motivos são vários. Mas, no caso, o motivo principal é a vontade. Se temos vontade de manter uma relação, procuramos e vamos atrás. Telefonamos, deixamos recado, encontramos e por aí vai. Mas, quando essa atitude parte apenas de nós, nenhuma relação se mantém.
E, assim, a pessoa fica na sua memória, mas não está presente em seus melhores sentimentos. É o tipo de pessoa que, se encontrar na rua, você a cumprimenta, mas o papo não rende nem dez minutos. Tenho certeza que possuo amigos no orkut que não me reconheceriam e vice-versa. Há, ainda, os que só visitamos para olhar as fotos.

Tem gente que se afasta de nós e não sabemos os motivos; outras, nós sabemos. Tem os que fazem parte do grupo dos "inofensivos". São pessoas que não estão em contato constante, mas te respondem ou deixam recado esporadicamente, mantendo, ainda que de forma sutil, o relacionamento. Há aqueles que te escrevem todo o dia. Não que tenha assunto. Pode ser uma brincadeira ou só para dizer que lembrou de você, que fazemos questão de escrever, de comentar e de participar da vida.

E é aí que o coração está atrelado ao orkut. Nós temos vários grupos de amigos e eles são delimitados de acordo com o sentimento que nutrimos e o esforço que fazemos para encontrá-los ou não. Na verdade, considero o relacionamento do orkut como um reflexo de nossa vida. O orkut é uma reprodução - mais flexível, é verdade. A faxina, então, é o espelho da limpeza que fazemos no nosso cotidiano.

Eu...

Eu só me exponho ao sol de manhã bem cedo;
Eu não como batata frita;
Eu nem penso em brigadeiro;
Eu não consumo refrigerantes;
Eu só saio de casa após passar protetor solar;
Eu sempre telefono quando prometo fazer isso;
Eu acordo cedo para aproveitar melhor o dia;
Eu durmo cedo para acordar cedo no dia seguinte;
Eu ando de ônibus com uma enorme satisfação;
Eu não esqueço a guia de exame para fazer o hemograma;
Eu traço meus objetivos diários e só durmo quando todos tiverem sido alcançados;
Eu não irei mais aos jogos do Santa Cruz por ele não ter série nenhuma;
Eu não sou chata e nem estressada;
Eu não bisbilhoto no orkut;
Eu não sou noveleira;
Eu também não sou viciada em televisão e em informação;
Eu não esqueço compromissos;
Eu não topo meus dedos nas quinas dos móveis;
Eu sempre falo o que penso;
Eu imponho minha opinião;
Eu não reclamo quando o ônibus vem abarrotado de gente;
Eu sempre tenho inspiração para postar aqui;
Eu não sou saudosista;
Eu como mais de 20 fatias de pizza em um rodízio;
Eu não gosto do sorvete da Mac;
Eu zelo pela minha saúde;
Eu tenho paciência com tudo e todos;
Eu não tenho vontade dar murros na parede;
Eu não sou nada do que acabei de descrever aqui...

Buh, postei, viu?
Ela: Bora brincar de postar, hein?!
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