29 de setembro de 2010

Acooorda, menina!

Mocinha:



Negrita:

Meu passado me condena II

Vamos lá.
O que mais chama a atenção?

1 - A bolsa, que deveria ser verde e já está desbotada;

2 - O relógio seguindo tendência de Faustão (lembro que eu virava de costas quando me perguntavam a hora);

3 - As poses;

4 - Eu, sempre reservada, cobrindo meios seios;

5 - A orelha da minha irmã que ameça saltar do cabelo e sorrir para o flash;

6 - As calcinhas, que, se esticadas, devem cobrir o rosto também;

7 - Os joelhos da minha irmã (mainha e eu nomeamos de Claudionor e Marieta. Quando queremos abreviar, falamos Claudioneta);

8 - Mainha dizer que a foto foi tirada de celular.

28 de setembro de 2010

Já dizia o ditado...

Já ouviu a expressão "Quando você for mãe...? Eu ouço com bastante frequência. Ainda não rasquei a boca, até porque filhos estão umas décadas distantes de mim. Mas é duro admitir que não falam isso à toa. Descobri que o sentido da frase tme lógica se analisarmos sob a ótica de que nossas opiniões vão mudando de acordo com o contexto social. Fui longe agora, reconheço. Portanto, vamos ao fato!

Eu tenho um primo, que na época de escola, usava calças arriadas e aparecia a samba-canção. Minha avó, pasma, dizia: "olha para esse menino! Isso é roupa que se use?! Fica com essa calça caindo...um horror". A reação dele - e minha também - era de contornar: "relaxa, vó, é moda. Ah, vai..e nem está tão arriada assim. É estiloso."

Mas eis que a vida - sempre ela - nos mostra que estamos envelhecendo e nossos conceitos também acompanham. Não consigo conceber a ideia de uma pessoa ser assim. O pior é que acho que não é figurino de show. "É estiloso".



Paguei a língua. Hoje penso: se meu filho fosse (o que não teria chance porque meus filhos não terao cabelo liso, a menos que usem escovas-progressivas-regressivas-medianas-japonesas-achocolatadas), cortaria o cabelo dele na calada da noite. Também quebraria esse óculos de mergulhador. E também rasgaria essa calça colorida. E também ordenava que as fotos devem ser tiradas sem bicos e dedinhos apontados. E a calça dee ficar poucos centínetros abaixo do umbigo.

p.s: perdoe-me os restartianos  miguxos que me visitam. Nada pessoal, só negócios.

24 de setembro de 2010

Qual é a música, Pablooo?

Atendendo a pedidos da túia de brasileiros, Deus nos concede hoje a graça da sexta-feira. E como é início do final de semana, músicas começam a brotar nos neurônios. O problema é que quando os neurônios resolvem fazer carreira solo, acabam esquecendo a letra e dá no que dá. Os exemplos a seguir foram coletados seriamente durante um bom tempo. Os autores? Diversos, inclusive eu!

"Se ALEMBRA* dessa paixão..faz sorrir ou faz chorar" (A Lenda, de Sandy ainda com Jr)
 * a lenda

"Me dê de presente o seu PIS*" (Pro Dia Nascer Feliz, do graaande Cazuza)
*bis

"PISCINAS* de prazer...rolam pelo ar" (Caça e Caçador, de Fábio Jr.)
*E se um grande prazer

"Se meus joelhos não ROESSEM* mais" (Pescador de Ilusões, o Rappa)
*Doessem

"Princesa tu és.. revela teu rosto, tira o MEL*" (Amor eu Fico, Netinho - único ser curado de AIDS)
*Véu

"Então você adormece e o amor EMALOGRECE*" (Não Precisa Mudar, Ivete Sangalo)
*Meu coração enobrece

"Vai buscar Dalila E O GELO...E O GELO...E O GELO*" (Cadê Dalila (que só vinha com bebida quente, de Ivete Sangalo)
*Ligeiro

"Além de trabalhar como LIMPACOTADEIRA das Casas Bahia" (Mama África, de Chico César)
*Empacotadeira

"Quem não tem 14 FILHOS atire a primeira pedra" (Tetro de Vidro, de Pitty)
*Teto de Vidro

"Fazer amor DEBAIXO DÁGUA*" (Pintura Íntima, Kid Abelha)
* De madrugada
 
"DONA varanda, amor" (Estrela Primeira, ainda é Netinho)
*Tô na

"Eu tenho medo do inseguro, dos fantasmas DA MINHA VÓ" (Não Me Deixe Só, Vanessa da Mata Grande)
*Da minha voz

Essa agora tem duas versões (AMBAS AS DUAS, erradas):

"Homem ALADO* me tire dessa solidão" ou "Homem AMADO* me tire dessa solidão" (Nuvem de Lágrima, de Fafá de Belém do Parááá)

* Ou venha logo


E olhe que tem mais!

23 de setembro de 2010

O semiassalto

É difícil me adaptar à nova velha ortografia...

Ontem, voltei para casa pelo início da Rua da Aurora, caminho que tenho feito diariamente. Logo depois do Recife Plaza Hotel, atravessei para a margem do Rio Capibaribe. Ao avistar, mais à frente, que uma mulher estava sendo abordada por um cidadão, prontamente disparei para o lado oposto da via.

Pois esse cidadão viu, começou a atravessar a rua atrás de mim e começou a falar:

O malinha: mermãããão, o povo acha logo que vamo assaltar, véi. E nem é..vim pedir dois real pra comer.

Eu (dando uma de surda, que já sou): hãn?

O malinha: a mulé ali segurou logo a bolsa achando que eu ia rôbá ela. Eu tô só pedindo.

Eu (sendo nobre para disfarçar que estava me lascando de medo): bicho, tô ligada. Mas sabe o que é, véi? Eu sei que não é tu, mas por aqui tem um monte de trombadinha..aí assusta mesmo, pô. Diz aí!

O malinha: eu quero dois real.

Eu: claro...deixa só eu pegar aqui.

Meti a mão na carteira e, por sorte, a nota que achei era de R$2.Se eu pegasse a de R$5, não teria coragem de pedir o troco.

Dei o dinheiro e aconselhei: mas é para comer, viu?

O malinha: deixa comigo.

22 de setembro de 2010

Toupeira

Eu poderia listar aqui as pérolas que ouço todos os dias aqui na redação. Até poderia, mas não vou. E o motivo é simples: Marina (@marinagguerra | marinamarela.blogspot.com), competitiva que é, arrebentou a disputa e, em menos de um mês, nos presenteou com três lambanças. Tá na liderança.

Respira fundo, segura na mão de Pai e lê:

O que você vai fazer no feriado da Carta MAGDA? (referindo-se à Carta Magna)

Leite de Magnésia tem gosto de pasta de dente sem sabor. (essa dispensa análise)

O carro-forte da empresa...(nessa aqui, Natália @natfreire concordou com Marina até perceber o erro. Só para registrar: carro-CHEFE)

O próximo post, prometo, será sobre erros de letras de música.

20 de setembro de 2010

Minha joinha

Essa é a tumba-lata que passeia comigo. Ou eu que acompanho, não sei. Só sei que me mata de vergonha porque não é sociável. Da turma que conheci, é a única sem raça. Enquanto os outros cães sacodem orelhas e pelos, ela se arrepia, rosna e baba. Um orgulho só!

Orelhuda, eu?

Bola dentro

Minha irmã tem um talento nato para falar besteira. Na verdade, achei que ela só ouvia as minhas, mas eis que descubro que ela também tem esse dom. Para quem não sabe, nós nos mudamos. Estamos em um difício que é estruturado de uma forma que ficamos isolados. Não temos vizinho de porta. Só esbarramos com pessoas quando estamos no elevador ou na rua mesmo.

Dia desses, Taty estava no elevador com uma criança e a mãe. Enquanto esperava, ouvia a conversa deles. A mãe ecplicava que a tia ia voltar e a criança respondia com um lindo linguajar: porra! porra! porra! 
Taty não se conteve e soltou com bastante manha na voz:  Que coisa feia..uma menina tããão linda falando palavrão...
A mãe respondeu: é um meninO!

Outra bola dentro dela foi no último sábado. Descemos com a tumba-lata para aliviar nosso tédio e socializar. Conheci uma pá de cachorro: Oliver, Scooby, Carla, Cau... Um rapaz estava com três cães e contava a história de Léo, dono de um deles. Após meia hora nessa lenga- lenga de conversa, Taty resolve conversar com um cachorro: Lééééo...ô, Lééééo..vem cá, vem.
Eu: Taty, Léo é o dono deles!

2 de setembro de 2010

Inocentes brincadeiras


Ontem, estávamos lembrando de brincadeiras sadias e divertidas da infância. Hoje, velha que estamos - mas não sem humor, não repetiríamos esses momentos de diversão. Ou não.

Brincadeira de @ericota: Laphayette

“Sempre tive uma vocação para ‘Amélia’. Adorava brincar de Laphayette. A diversão consistia em me tornar a personagem Laphayette – uma criada, serva, empregada e piniqueira da minha irmã e suas amigas. Elas ficavam bem sentadas na sala, enquanto eu, na cozinha aguardava o chamado, às vezes com direito a sininho:

- Laphayetteeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
E lá ia eu, de avental correndo atender o chamado.

- Sim, patroa!

Traga o nosso lanche. Sanduíche de queijo e suco.

- Sim senhora!

E lá ia eu pra piniqueiragem. No meio do trabalho:  

- Laphayetteeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

- Sim, patroinha

- Antes do lanche, traga um chá!

E lá ia eu para mais uma função.
Na cozinha, tinha que dar conta de tudo, inclusive dos resmungos da funcionária lá de casa que dizia, enquanto me supervisionava:

- Menina, deixe de ser besta!!! Depois nem pense que eu vou arrumar essa cozinha!

- Pode deixar, Maria, pode deixar comigo!

Lá da sala:
- Laphayetteeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

- Sim, patroa

- Tá demorando muito

- Já ta saindo, patroa!

Na cozinha a confusão estava armada

 - Laphayetteeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

- Sim, patroa

- Tá demorando muito, você é uma incompetente!

Sai o chá!
- Mas a borda da xícara tem que ter açúcar, volte!

Primeira leva entregue. Sento-me no banquinho da cozinha exausta quando escuto
- Laphayetteeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

Corro:
- sim, patroa!

- Agora traga banana machucada. A minha com muito Nescau, a dela sem farinha láctea e muito açúcar e a dela sem açúcar. Todas, com muito leite moça!

E lá vai Lapha, cansada, amassar banana, já sabendo que vai levar uns gritos porque vai trocar os pedidos e já sem vontade de brincar.

- Laphayetteeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, sua burra, você misturou tudoooo! Está despedida, mas antes deixe a cozinha arrumada.

E lá ia eu, cabisbaixa, enfrentar uma pilha de prato. Quando chego, Maria, já me esperava de braços abertos com um abraço e dizendo:
- vou ajudar, mas não brinque mais disso, viu?

Na outra semana já tava animada para ser - Laphayetteeeeeeeeeeeeeeeeeeeee


Laphayeeeeeeeeeeeeeeette

Brincadeira de @allysfranco: Camila, de Laços de Família


Como ela não está aqui para narrar a brincadeira, vou tentar resgatar na memória quando ela contou. Ela e a prima, também com vento na cabeça, tinham a espirituosa idéia de brincar de Camila, de Laços de Família. A brincadeira dispensa descrição. É mais ou menos assim:

 

Minha brincadeira: bastão

Poderia trocar o nome da brincadeira por 'bestão'. Faria mais sentido. Num passado vivo no meu braço (explico já), minha irmã e eu, desocupadas, fomos imitar Faustão. Pegamos dois pedaços de pau e bolamos a brincadeira: teríamos que colocar o bastão em pé no chão, apoiar a cabeça nele e rodar algumas (ou muitas) vezes. Depois disso, tontas, teríamos que ir em frente (não sei qual a definição de 'ir em frente' depois de girar com a cabeça abaixada), subir o batente da garagem, chutar a bola na parede e voltar

Pois bem. Roteiro repassado, as duas entenderam e...já. Não chegamos à etapa de 'ir em frente'. Depois que rodei, dei dois passos pra direita e páááfh no chão. Minha irmã, também tonta, largou o bastão para me socorrer. Não sei como ela consegiu chegar perto de mim e também não faço idéia de como chegamos para pedir socorro a mainha porque meu braço estava esfolado. Sim, o chão era de cimento ou algo parecido. Ainda tenho a cicatriz aqui no braço direito.
Mais ou menos isso:



Se alguém quiser compartilhar seu momento, só nos contar aqui.
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