18 de junho de 2012

O cabelo e a espinha

Se tem coisa que anda lado a lado é o cabelo e a espinha. Ou acontece com todo mundo - espero - ou eu sou muito azarada mesmo. Eles têm uma relação linda, mas sempre contra você. Sério. Experimenta falar em alto e bom som que tem uma festa para ir ou evento de cliente. Seu cabelo ficará lindo, sedoso, macio, no volume ideal; sua pele quase um tapete de veludo, uma delícia. Até um dia antes de seu compromisso. No dia as espinhas vão pipocar no seu rosto e o cabelo alcançará volumes jamais vistos. Sou prova viva disso. Vanessa da Mata pode sair assim porque é estilo, combina com ela. E eu? "Sai da frente, moita" ou até um "olha só, uma vassoura de cabeça pra baixo atravessando a Agamenon!".

Aprendi a driblar esses dois vilões. Não aviso que vou sair e falo baixo com amigas quando o assunto é farra. Ainda não testei dizer o dia errado, mas pode funcionar. Fato é que as espinhas não podiam ter esperado anoitecer. Não! Brincaram de war no meu rosto. Desta vez, elas capricharam. Além de evento, Santo Antônio, por vontade própria, resolveu agir e trouxe um 'affair'. Ou quase.

O cabelo saiu tão bonitinho de casa, rapaz. Mas comemorei cedo. Veio a chuva e, com ela o vento. O resultado foi estranho. Também não adiantou fingir que estava bebendo água na rua, suspender o óculos pela parte do meio ou ainda colocar a mão no rosto. O pior aconteceu. Encontrei o tal affair no elevador. Veja bem: são 46 apartamentos, umas 200 pessoas no prédio e quem eu encontro? Pimba! Tentei cobrir meu rosto com Mocinha, mas suas camadas de gordura venceram meu músculo.

Após o assunto básico, ao ser perguntada de minha vida, tasquei um "ótima, tirando essa espinha". A resposta veio completar a asneira que falei: "tô vendo, parece uma brotoeja". Agradeci o elogio, fui passear com minha filha e combinamos de nos falar.

Obrigada, querida espinha.


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