Não quero aqui levantar bandeira para nenhum candidato. Como disse, pouco acompanhei o desenrolar das candidaturas e das propostas. O que me chamou a atenção durante a leitura foi a frase atribuída à ALN: “tricolor tem o direito de ajudar o outro tricolor”.
Qual o preço dessa ajuda? Compensa subestimar a paixão da nação tricolor? Sim, talvez ao contrário da eleição na política, a de futebol traz muita esperança arraigada. Uma boa parcela – talvez a maioria – dos torcedores corais não está, por motivos diversos, participando desta votação. Assim, recai para uma menor fatia de torcedores a responsabilidade de eleger o presidente. Mas e se for esse grupo que compactua com armações desse tipo?
Quem compactua não deve ter amor pelo Santa Cruz, não sofreu eliminações, derrotas e, por que não, os vexames. Também não deve ter comemorado cada pontinho conquistado com muito suor e sacrifício. Afinal, lembraria a alegria que sentiu.
Coloco meu pescoço na degola, mas arrisco a dizer e a falar por todos que o sentimento, ao ler matérias deste tipo, é de frustração. Só vem à cabeça: “Nossa. De novo?”, “Mais escândalo?”, “Qual é o verdadeiro objetivo do candidato? Já não basta a crise em que nos encontramos?”. E, finalmente, as perguntas que, para nossa decepção, ainda não têm resposta: Quando isso vai parar e quando vão enxergar o Santa Cruz como um clube de luta e torcida?”.
p.s: texto escrito em 29 de outubro. Ou algum dia antes. Ou depois.