Acabou-se o desemprego e a famosa dor de cotovelo ganha um inimigo: Vigilantes do Amor. Sim, baseado no Vigilantes do Peso, o profissional deste novo segmento será o melhor e pior amigo de quem está sofrendo os males de uma paixão.
O pacote vai incluir reuniões de grupo em bares. Com cerveja, ficará mais fácil de os participantes conversarem, divagaram sobre as desilusões, xingarem e chorarem juntos. O vigilante também irá confiscar o celular e entregar outro chip com a agenda telefônica, menos com o número do dito cujo. Ok, o número já é decorado, mas ele não vai ligar para seu novo número.
Quando você tiver recaídas, vai ligar para o Disque-Vigilantes-do-Amor. A mensagem de espera será, obviamente, gravada e será mais ou menos assim: O que houve? (resposta), por que você fez isso (resposta), se arrependeu? (resposta), viu no que deu? (resposta). Se nada disso for suficiente, a ligação cairá em uma das atendentes, que já têm o script.
Em casos mais graves, o vigilante vai até a casa da pessoa. Será responsável por rasgar e jogar fora tudo o que trouxer lembranças da época em que viveriam juntos para sempre, superariam tudo juntos, blábláblá. Dependendo, vai confiscar computador e deletar e-mails e demais provas virtuais do caso.
Vai também mudar o repertório musical. Nada de remoer ouvindo músicas que foram enviadas no clima de romance. Se só souber português, vai ouvir músicas indianas. Nada de ouvir temas de novelas, músicas natalinas, etc, etc. Na crise maior, o vigilante intermediará um affair para distração. Só para lazer mesmo.
Mensalmente, o participante será submetido a avaliações. Cada passo para frente, uma medalha. Ao final, escolhe um affair no catálogo e ganha uma viagem, que inclui passar na frente do ex, acenar, virar o rosto e seguir em frente. Genial. Podem criar a empresa.