26 de janeiro de 2012

Vigilante do amor

Acabou-se o desemprego e a famosa dor de cotovelo ganha um inimigo: Vigilantes do Amor. Sim, baseado no Vigilantes do Peso, o profissional deste novo segmento será o melhor e pior amigo de quem está sofrendo os males de uma paixão.

O pacote vai incluir reuniões de grupo em bares. Com cerveja, ficará mais fácil de os participantes conversarem, divagaram sobre as desilusões, xingarem e chorarem juntos. O vigilante também irá confiscar o celular e entregar outro chip com a agenda telefônica, menos com o número do dito cujo. Ok, o número já é decorado, mas ele não vai ligar para seu novo número.

Quando você tiver recaídas, vai ligar para o Disque-Vigilantes-do-Amor. A mensagem de espera será, obviamente, gravada e será mais ou menos assim: O que houve? (resposta), por que você fez isso (resposta), se arrependeu? (resposta), viu no que deu? (resposta). Se nada disso for suficiente, a ligação cairá em uma das atendentes, que já têm o script.

Em casos mais graves, o vigilante vai até a casa da pessoa. Será responsável por rasgar e jogar fora tudo o que trouxer lembranças da época em que viveriam juntos para sempre, superariam tudo juntos, blábláblá. Dependendo, vai confiscar computador e deletar e-mails e demais provas virtuais do caso.

Vai também mudar o repertório musical. Nada de remoer ouvindo músicas que foram enviadas no clima de romance. Se só souber português, vai ouvir músicas indianas. Nada de ouvir temas de novelas, músicas natalinas, etc, etc. Na crise maior, o vigilante intermediará um affair para distração. Só para lazer mesmo.

Mensalmente, o participante será submetido a avaliações. Cada passo para frente, uma medalha. Ao final, escolhe um affair no catálogo e ganha uma viagem, que inclui passar na frente do ex, acenar, virar o rosto e seguir em frente. Genial. Podem criar a empresa.

18 de janeiro de 2012

Cupido

O lema ‘paz e amor’ só vale para situações bélicas. Já diria Martnália, que “Quem anda atrás de amor e paz não anda bem porque na vida quem quer paz amor não tem”. Eu já desconfiava que a consequencia para quem ama é a eterna inquietação. Paz é uma coisa distante. Mas agora, com melodia, talvez fique mais fácil assimilar.

Não adianta utilizar as frases de vovó “o que é seu está guardado” (Onde? Derreteram a chave?), “Deus escreve certo por linhas tortas” (aham, sei..) ou “Homem é que nem biscoito: vai um e vem 18” (já se foram os 18 e não veio um). Nada disso funciona. Nada consola. Na verdade, você dá esses conselhos aos amigos recém-pénabundeados. Claro que você fala, tá de longe. Agora quando está na situação, lasca tudo.

Tudo o que você repetia para os amigos e para si mesmo vai para o beleléu. O cupido, que é muito ágil no primeiro encontro, nem dá as caras para se explicar pela cagada confusão. Ele, a intuição, a experiência e a precaução botam a mochila nas costas e tiram férias de você. Deixam você curtir, aproveitar e...quebrar a cara. E aí eles voltam. Bronzeados e, com aquele risinho “te avisei, Mané, te avisei”, vão estourando cada balão de sonho que você criou.

Mas antes de você voltar ao centro da razão, tem que passar por aquelas fases cafonas: olhar o celular a cada cinco minutos (se não tiver mensagem ou ligação, o sinal da operadora está péssimo), chorar nas situações mais ridículas (ouvi dizer de gente que chorava enquanto pintava as paredes do quarto..) e beber e perder a noção (aliás, saudade da época que só havia convencional, sem torpedos, twitter e facebook). Tenho amigos que já choraram com Arerê, de Ivete Sangalo, e até A Raposa e as Uvas, de Reginaldo Rossi.

Mas nem tudo está perdido. Acreditamos, uma amiga e eu, que existe, sim, a fórmula para que não aconteça mais isso às mulheres. E quem a esconde é Beth Carvalho. Sim, a cantora. Só precisamos arquitetar uma forma de encontrá-la para fazer uma – apenas uma – pergunta: como a senhora consegue superar e humilhar o ex de forma tão divina?


A pessoa tem que se garantir MUITO para cantar com propriedade essas músicas:

Se Vira


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