18 de novembro de 2014

Andar com fé?


Falar sobre fé é algo delicado porque envolve o abstrato. Classifico assim por ser um sentimento e, como todo ele, é difícil dar forma física e palpável por meio de palavras. Tenho fé, sei disso. Mas também sei que às vezes a questiono e desacredito. É contraditório e é erro meu, apenas. Por dar voz ao lado humano – no sentido carnal mesmo, matéria.

Ontem um taxista me revelou que a filha, de 26 anos, está com câncer de mama. Está terminando a quimioterapia para dar início à rádio. Posso imaginar a dor dela e da família. Falei tudo o que acredito. Que há um sentido, que Deus sabe o que faz e o peso que coloca em nossos ombros. Falei com verdade mesmo. Realmente acredito que nada acontece por acaso. Que nunca foi à toa o sofrimento e nem as alegrias.

Às vezes, pergunto: tenho essa fé mesmo? Será que se algo de mais duro me acontecer, saberei respeitar e aprender com a dor?

Deus, embora uns creiam ou não, uns vejam ou não, se mostrou presente também nesse final de semana. Estávamos andando pelo Derby quando vimos uma cachorra mancando. Comecei logo a me aproximar. Ela tinha uma faixa enrolada na pata e não andava bem. Na mesma hora, um carro foi encostando para resgatá-la. Que alegria poder ajudar no resgate de um animal que estava com dor. Era só olhar sua expressão e perceber como ela estava perdida e precisando de ajuda.


Não que Deus precise me dar provas. Mas é sempre bom receber um alerta desse para me lembrar que jamais devo perder a fé ou duvidar do que sinto!
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