31 de janeiro de 2016

Vida, sua lôka

E o que falar da vida, essa danada que tem vontade própria e ritmo bem pessoal and arbitrário?
Se tem uma coisa que aprendi neste mês é a não fazer planos de curto prazo. Nada  de planejar para semana que vem, o final de semana seguinte ou quem participará de todos esses esboços.
Hoje, meu plano era ver Netflix e diminuir minha lista de filmes e documentários selecionados, comer Nutella, trabalhar um pouco. E adivinha?
Fui ao show de Aviões do Forró no Olinda Beer a convite de uma amiga que estava a trabalho, passeei com as cachorras e comi pizza. Exatamente como planejei. Porém, bem diferente.
E foi incrível, ainda mais pela falta de pretensão de um domingo. Talvez esse seja um dos caminhos para o combate à ansiedade e, mais que isso, entender que não somos tão donos de nossa vida.
Então, meta para este mês: não planejar e economizar granas. Aguardemos.

28 de janeiro de 2016

Efêmero

Ontem, ao visitar minha avó paterna, que tem Alzheimer e Parkinson tive um leve choque ao perceber o quanto o esquecimento dela se agravou. Perguntou quem eu era e disse que nem filho tinha – o que não justificaria eu afirmar ser neta dela. No tempo de comer um pão com ovo.

Ela disse que sabe arrumar a casa e cozinhar como ninguém. Sobre o Carnaval, disse que os pais dela não permitem que ela vá para a folia. Ficou em choque quando ~descobriu~ ter 96 anos. 

Segundo os médicos, ela vive mesmo essa realidade. De fato acredita morar com os pais e ser mais nova que todo mundo. O ideal, diante disso, é não contestar para não gerar estresse nela. É desnecessário, até porque ela acaba esquecendo logo depois.


O que não pode apagar em mim é o alerta do quanto somos efêmeros, instantes, hoje. Revi todos os vizinhos de vovó, que se espantaram porque “tão duas moças enormes”. Eu, particularmente, não lembrei de uma parte do pessoal, mas minha irmã arrasou na memorização. Revivi, na verdade, momentos naquela calçada. Tudo lá e na casa parceria maior, gigante, inalcançável. Ontem, as dimensões estavam reduzidas.


Damos (eu dou) proporções enormes a situações que podem facilmente ser administradas porque dependem apenas de nós. E geralmente sabemos o certo a fazer e a sentir. Mas lidar com o que foge e nossos dedos, isso sim, é desafiador.













27 de janeiro de 2016

Vráu


>> Não me distancio muito de mim
E quando saio não vou longe
Fico sempre por perto <<
O que tanto a vida me manda aprender: seguir minhas intuições. Finalmente, anotado o recado, caro Deus.

25 de janeiro de 2016

O abraço

Aprendi a abraçar em um curso que fiz há uns dois anos. “O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”. Preguiça danada desse clichê que legenda tooodas as fotos do Instagram agora...zzz

Voltando..achei que soubesse abraçar e já recebi inúmeros afetos e carinhos através dele, é verdade. Óbvio que também já ganhei aqueles momentos gélidos e que não queriam expressar carinho algum. Coisas desse mundão de Deus. Mas ontem, revivendo esse curso que fiz, passei uns dois minutos abraçado a um rapaz que nunca vi e talvez não o encontre facilmente. Lembro o primeiro nome, mas ele não deve nem sonhar com o meu. Porque ali não importava a identidade do outro, cargo, objetivos, dramas, penas, nada. Valeu, apenas, a conexão entre dois seres sem interesse algum, exceto receber e retribuir um carinho gratuito e desprendido.

Acho que não abraço o tanto quanto deveria. Meta interna: negar menos esse colo.

24 de janeiro de 2016

Siiiiiiimmmm

Talvez eu fosse bem feliz se houvesse um espírito carioca de década a atrás nas prévias carnavalescas. Seria bem incrível levantar os dedos, segurar um copo de cerveja e cantar Cartola.
Mas pode ser Nelson Sargento ou o Cavaquinho também. Beth eu já vi, mas continuo querendo vê-la novamente da mesminha forma.

Tive esse devaneio agora, ao ouvir o novo projeto de Teresa Cristina cantando quem? Isso. Cartolinha ♡

Como não amar uma música como "Sim"?

< Não há exceção
Quando voltam à realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira >>


17 de janeiro de 2016

Não são dez dias


E é tudo novo de nooooovooo, como já diria a canção de alguém. Na minha postagem de final de ano e recomeços, vi que tenho o blog há dez anos. DEZ ANOS!


O tanto de coisa que aconteceu em uma década e eu não me dei conta disso no dia a dia. Dez anos atrás era 2006 e eu estava na faculdade de Jornalismo e cheia de certezas, conceitos e respostas prontas. Cá estou eu completamente diferente. Sem resposta pronta para assuntos importantes, revendo conceitos, quebrando outros, criando novos, reforçando alguns que estavam esquecidos ou que foram encobertos por nuvens de irracionalidade.

Cortei cabelo, alisei, deixei crescer, engordei, emagreci, namorei, não-namorei, aprendi a andar de skate (a ficar em pé, pelo menos), tive cachorros, alguns morreram, me conheci e não me reconheci também, mudei o nome do blog, alterei layout (e ainda estou chateada porque o título está na desnecessária caixa alta), perdi e ganhei pessoas, sofri censuras aqui neste recinto, conquistei emprego, fui desligada, troquei de endereço, reformei quarto, viajei, marquei território em terra firme, ganhei novas experiências e desafios, me tornei fã de algumas bandas, passei a ignorar outras. 

E daqui a dez anos é bem provável que eu ainda esteja descobrindo quem sou eu nesta singela existência. Mas o que importa é viver.

E, para isso, tomei uma decisão muito séria em minha vida: experimentar. Novas roupas, atividades, lugares, programas. Experimentar - e adotar -  agir com honestidade. Calma! Não precisa agora sair guardando a carteira, o celular e as jóias. É a difícil missão de ser transparente comigo. A partir daí eu posso também ser com o outro. Não importa se é uma relação corporativa, de família, de amor, romancinho ou tico tico no fubá.

Li, há dois anos, um livro que falava que só encontraremos no outro aquilo que está em nós. Contestei, contestei e até continua questionando. Mas agora começa a fazer sentido. Atraímos aquilo que somos? Ou temos, com a consciência de quem somos, selecionamos quem vem para ficar ou quem se hospeda para uma temporada?

Btw, o que importa, neste minuto em que estou esparramada no chão do quarto e digitando com apenas uma mão (a outra está ocupada afagando Aurora), é que devemos celebrar esta década. Na vida e no blog. Ele foi criado com apenas um objetivo: conseguir dizer por meio dos caracteres o que não sai de forma oral. Ou sai em meio a frases desconexas e desarticuladas. Mas o que importa é digerir e expor. Como isso aqui:

Abre de um dos capítulos de Quarentena Amorosa



15 de janeiro de 2016

Relax, Take It Eeeeeeeeeeeeeeeeeeasy

Clima de sexta e o clima poderia ser Anitta, Aviões, ou Safadóón. Mas estou no looping com o refrão:




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