27 de agosto de 2011

Enquanto a cidade aproveita a chegada da sexta-feira nos bares e festas da vida - ou em casa mesmo -, eu curto uma profusão de perguntas sem respostas. Pelo menos, eu ainda não as encontrei.

Cadê o tão falado ponto equilíbrio? Está em quem? No quê? Está em mim? Em Deus? Uma vida desequilibrada é mais emocionante, enquanto a equilibrada é monótona? Quem é responsável pelo que sinto: eu ou quem me faz sentir? Quem erra: o inconstante ou quem se submete à inconstância?

Como encontrar a calmaria depois de um furacão? Volta-se ao que era antes? E isso é bom ou o melhor é mudar mesmo? É melhor se expor e correr o risco de cair ou se fechar para não se arriscar? Melhor não sentir? Ponderar ou mergulhar? 

E a culpa, a quem pertence? Quem controla? Quem faz? Quem não faz? Quem sabe o que faz? Quem não sabe o que faz?



Nó.

17 de agosto de 2011

Reclusão

Dando satisfação aos meus seletos leitores e tirando o mofo do blog, que não sabe o que é postagem há uns dois meses. Estou ausente e ficarei um pouco mais. Uma década? Um ano? Um mês? Não sei. Talvez, amanhã tenha postagem nova aqui. Talvez, não.

O fato é que tem me faltado inspirações humoradas, como é o perfil do blog. Claro que também posto textos poucos alegres, até porque a intenção do blog é me desmascarar. Cheguei a escrever um post no começo da semana, mas perdi o rumo, a coerência e, por fim, a paciência.

Conhecendo pouquíssimo o meu 'eu', sei que é hora de parar, respirar e voltar ao meu centro. Assim, reclusão now. Mas, para dar um molho ao texto, Cartola - sempre ele! - fala por mim:

14 de agosto de 2011

Depois de longos dois meses de mofo no blog, voltei. Mas não com muito humor, não com causos do meu dia a dia. Voltei pelo risco de perder minha única leitora e porque utilizo este espaço como terapia alternativa. O tema é meio confuso. Surgiu do nada. Simplesmente acordei no meio da noite e me veio à cabeça. Lembro pouco, mas acho que dá para desenvolver - com ou sem lógica.

No meio desta noite acordei com a pergunta "quem eu sou?". Na verdade, acho que ela ficou gravada em mim depois que o psicólogo me questionou, na última semana. Saí da terapia e não consegui responder bem. Não consegui me encaixar em adjetivos. Ele me deu nova chance e pediu, então, alguns traços que pudessem me definir. Mais alguns segundos de choro, balançar de pernas e eu chutei que era bem humorada. Não, não chutei. Até tenho bom humor, que às vezes se ofusca nos picos de raiva e irritação. E que às vezes me esconde também. E aí as pessoas acham que está tudo bem sempre e que você não se esquenta.

Uma vez, depois de muita calma e contornar com o humor uma situação, dei um murro em alguma coisa. E essa foi uma atitude que chocou porque as pessoas de fora (as de casa já me conhecem) me veem sempre como a 'gente-boa-da-escola'*.

*Definição: aquela pessoa que nem é CDF e nem é banguceira demais. É a que as pessoas sabem que está sempre ali, sorrindo e sempre disponível para ajudar. Mas é a que causa confusão quando respeita demais e não defende um argumento. Tive essa certeza quando, numa dinâmica da escola, foi quase unânime me definirem como 'legal'.

Muitas pessoas não esperam uma reação bruta minha. Acham que não perco nunca a calma. Pronto. Acho que cheguei ao xis da questão: respeito x omissão x passividade. Já me martelei muito perguntando se eu respeito demais, se eu me neutralizo muito. Às vezes, opino e a pessoa insiste no oposto; às vezes, só ouço. Outras vezes, ajo de uma forma com um e de madeira diferente com outro.

Acho que, por respeitar demais, as pessoas me subestimam e acham que aceito tudo. Na verdade, respeito a vontade alheia. Ela tem o livre arbítrio, não? Então, 



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