29 de maio de 2012

Book

Agências e contratantes, tratar comigo.



Uns bons centímetros de comprimento

Alguns minutos de sono

Ok, horas de sono

Madura o suficiente para não brincar muito

Orelha, ok; companheirismo, ok; atenção à tv, ok também

Não, ela não é obrigada a pisar no pano milhado


Flexível


22 de maio de 2012

Dia dos namorados (só que não)

Junho está chegando e, mais falado que o São João, é o Dia dos Namorados. Está dada a largada para a mulherada, que já reúne as amigas para pedir dicas do que dar ao love. O discurso de sempre: "já dei um kit com urso e chocolate; uma camisa; um tênis que ele tanto queria; relógio; noite romântica; game e etc". O comportamento masculino é que eu desconheço. Só sei de um primo que arrastou minha mãe para o centro do recife e comprou... um kit com urso e chocolates!! Ah, um ex-cunhado me fez ir ao shopping escolher presente para minha irmã. Sugeri um bem caro e ele correu. Compramos perfume e ele ainda me deu uma amostra que havia ganho na compra.

Como se vê, fui coadjuvante nas duas ocasiões. Para a minha ~ não ~ surpresa, continuo assumindo fielmente esse papel, assim como José Pimentel não deixa de ser Jesus na Paixão de Cristo do Recife. Se antes do Carnaval a correria é para acabar os enlaces para aproveitar as pegações da folia, em maio/junho é a luta é pelo desencalhe. Não falo por mim, mas pelas inúmeras encalhadas solteiras deste mundo. Que fique claro!

A saída mais óbvia para solucionar esse drama é, claro, arrumar um pretendente. Não! Um namoro mesmo. Pretendente, se você olhar a agenda do celular, você até tem. O que falta é disponibilidade. Deles. Logo, não dá para contar com eles para mudar o status de relacionamento do Facebook e menos ainda para ter uma linda comemoração de namorados.

Como firmar namoro está mais difícil do que fazer Carlinhos Cachoeira falar, vamos partir para soluções alternativas. Mas não precisa tirar as crianças da sala porque não vamos falar de intimidade, apenas formas de sobreviver a essas 24h de puro romantismo e nhémnhémnhém.

1. Nem ouse acessar o Face. Vai ser aquela chuva de declarações de amor, juras eternas, músicas que embalaram momentos e fotos! Benditas fotos de buquês, chocolates, alianças e viagens compartilhadas e marcadas. Ah, e sempre tem uma amiga que vai te marcar em fotos destacando que você ainda não é a tampa da panela de ninguém.

2. Quer coisa mais ca-fo-na que fila de motel? Então, enquanto casais esperam para entrar em restaurante e motéis, você pode ver novela, Jornal da Globo e até Jô Soares.

3. Comprar presente? Passar aperto no Shopping ou na Conde da Boa Vista? Não mesmo. Isso não te pertence.

4. Falar axim com seu amoxxinho e dizê que tá com xôudade? Coisas de criança ou de começo de namoro (a pior fase, por sinal).

5. Esperar que a sonhada aliança esteja no sapato ou, na mais cinematográfica esperança, você engasgar com o anel no meio da sobremesa. Super out.

6. Este ano, a data cai numa segunda-feira. Aproveita que é o dia que tem promoções e clones nos bares. Óbvio que os casais não vão para lá.

8. Não precisa inventar dor de cabeça. Isso se estivermos falando de casais juntos há décadas ou em crise.

9. Além de não precisar gastar com presente, você economiza seus créditos ou minutagem do telefone, já que não terá para quem mandar mensagem. (p.s: você pode gastar com uma amiga na mesma situação que você)

10. Sabe aquele livro que tá na cabeceira e que você finge dormir para ele não te ver? Aproveita, mulher, e vai ler. Além de avançar páginas, adormece fácil e não chega com olheiras no dia seguinte. Nada como uma boa noite de sono!

17 de maio de 2012

Sou gamado por mim

Uma delícia de música do grupo Sururu na Roda.:






Sou gamado por mim

Ah... eu gosto muito de mim
Ah... eu sou gamado por mim
Tem vez que me pego
Me abraço, me beijo
Me levo pro um canto
Só pra conversar
E se estou triste
Fico preocupado
Faço tudo só pra não me ver chorar
Se atravesso a rua
Eu falo comigo
Cuidado com o carro pra não te pegar
Me dou a comida na hora certinha
Faço cooper pra não engordar
Ah...eu gosto muito de mim
Ah...sou gamado por mim
Me levo ao dentista,
Ao teatro, ao cinema
Me levo pro samba e pro futebol
Em dia de sol
Eu me levo pra praia
Um rabo-de-saia e meu anzol
Ah...eu gosto muito de mim
Ah...sou gamado por mim
E quando chega fevereiro
Eu me levo pro carnaval
Balanço o meu corpo inteiro
Numa alegria geral

16 de maio de 2012

A Felicidade

Foto daqui


Enquanto ouço um chorinho e ele me faz lacrimejar, lembro de uma frase que ouvi hoje. Escutei várias durante uma palestra, mas a que vou citar me marcou mais: a felicidade está onde você a coloca. Esse estado de espírito é relativo. Algo que me faz feliz pode ser indiferente a outra pessoa, ou o contrário.

Imediatamente, mandei um sms com um sonoro "amo vocês mais que tudo" para as pessoas mais essenciais na minha vida. A felicidade está dentro de mim. E eu sou feita delas.

Onde está a sua?


13 de maio de 2012

As tias

Como diria um amigo, ''a vida é um grande SPC: aqui se faz, aqui se paga". E foi o que aconteceu esta noite ao sair com uma amiga. Pura invenção. Podíamos ter ficado em casa, até porque vi agora na cozinha que tem umas sobras de petiscos preparados pela minha mãe para ela mesma.

Mas não. Saímos. No meio da noite, encontramos uns rapazes com quem conversamos em uma festa passada - os dois tinham bebido muito. Na saída da dita cuja, vimos um deles bem agarrado ao que parecia ser um travesti. Durante os 30 minutos de conversa hoje, falamos disso. Ele, claro, negou. Ronaldo também nega até hoje.

Nos despedimos dele e fomos dar uma passada na Seresta. Achando que já tinha terminado, chamamos o táxi e, quanto esperávamos, sentamos no chão. Eis que chega um rapaz e pergunta se pode conversar porque quer apresentar um amigo e blábláblá... Educadamente, recusamos e ele retrucou: "er..vocês estão juntas?". Negamos, ele se abaixou e insistiu. Eu respondi parabenizando-o pela coragem de chegar nas mulheres e tal. Ele, tímido, disse que era porque..(esqueci) mas o fato é que ele quis dizer que, por ser feio, era mais fácil. Nossa, fiquei com tanta pena que puxei assunto.

O menino desatou a falar. Contou da vida, do ano no Japão..quando os três amigos se aproximaram. Um logo perguntou: "vocês gostam dessa música?" eu: "aham..conhecemos algumas". Sentou do meu lado e tentou puxar assunto. Me virei para dar atenção e vi que ele ainda tinha bigode ralo. Sabe aqueles pelos bem fininhos? Pronto. Parecia que ele tinha pego a pata de um caranguejo e colocado em cima do lábio. 

Enquanto eles discordavam de algo, perguntei se se conheciam há muito tempo. "Não, acabamos de nos conhecer porque pedi um gole e eles me deram a garrafa toda", disse o boy que iniciou o contato. O outro completou a explicação "A GENTE TRÊS SÂMO PRIMO" 

Fiz logo questão de perguntar a idade. 
Ele: chuta
Eu: 16. 
Ele: não..17, e tu?
Eu: 25..poderia ser tua mãe (sei que não poderia, era só pra chocar)
Ele: e tua amiga?
Eu: 27
Ele: nossa!

(nessa parte, achei que ele tava pensando "puxa..nem parece, tem cara de nova")

Ele levantou e foi para o lado dos outros amigos. Enquanto isso, o Pato Feio divagava sobre maracujás e japonês e me perguntava "como tu não me conhece? tô sempre aqui com uma camisa azul?" Cri-cri...

O papo foi encerrado tão logo o bigodudo chegou para os primos e disse: ei, pô, uma tem 25 e a outra tem 27. Vamos nessa." E foram porque devem ter pensado "ufa. Escapamos dessas duas velhas encalhadas que sabem cantar essas músicas de seresta!"

Ei, bigodudo, não somos encalhadas velhas. Somos até animadas, descemos até o chão achando que o mundo vai acabar e não sentiremos dores no dia seguinte. Somos legais, caramba!

11 de maio de 2012

Nota fúnebre


Fred preparado para o ataque

Venho por meio desta postagem comunicar o falecimento de Fred Viard, nosso doce agapone. Faz um mês, acho. Ainda não sabemos a causa do óbito, mas suspeitamos que ele não estava bem quando conseguimos tocar nele sem que um de nossos dedos voltasse mordido.

Fred foi sepultado na Rua da Aurora. Anotados no cortejo fúnebre: mainha, eu e Mocinha (que, desrespeitosamente, quis brigar com dois cachorros maiores que ela durante a cerimônia restrita aos familiares).

Agora, muito provavelmente, estará no céu comendo a ração de outro pássaro, invadindo o livro de alguém ou mordendo quem não lhe agrade. Com a ausência, temos agora apenas dois pássaros: Cartola e Barney.

Os sobreviventes:

Barney

Mocinha









Cartola
cri-cri

Alzira
cri-cri

Retiro


Quando eu falei no Facebook que estava tentando iniciar um relacionamento sério comigo mesma não era mentira.  E também não diz respeito ao fato de eu estar ~levemente~ solteira. Tem a ver com a necessidade que sinto de me dedicar um pouco mais a mim.

Acho, na verdade, que essa síndrome acomete todo mundo. Uns devem chamar de “crise dos 30”. Não sei, ainda faltam uns 15 anos para que eu chegue lá. Meu ex-psicólogo perguntaria “a idade importa, Tacyana?”. Não, não importa.

Mas já venho percebendo há algum tempo que preciso de uma pausa na agitação diária. Paro de pensar e me solto. Fico exposta, solta, disponível demais e igualmente preocupada com os outros. Logo, temos problemas de ordens diversas. Mais ou menos o que rege o dito “quem muito se abaixa..”

Quando sinto que fui longe demais, paro e fico quieta. Espero acalmar o espírito ou a tpma e volto. Até lá, retiro. Um retiro no meio do caos de todo dia. O ruim de você ser relativamente humorada é que as pessoas que convivem com você percebem quando você fica diferente. E nem precisa muito. É só ficar alguns minutos calada. Uns se interessam e conversam; outros , não. E tem aqueles que nem percebem.

4 de maio de 2012

Mããããe

Chegando aí o Dia das Mães. Em algumas cidades, é o mês de maior movimento no comércio porque os filhos se fodem correm para comprar o presente para a matriarca. Por mais que sua mãe diga "ô...não precisava. Não tem presente maior que ter você como filha (o)", não adianta. Experimenta chegar só com um sorriso amarelo e braços abertos. Você vai sofrer retaliações durante um ano, até se retratar na próxima data. Eu vou arriscar este ano nestas belas e humildes palavras, em substituição ao modelo capitalista de dar presente. Ok, o presente dela já foi dado porque é bom não arriscar muito nessa vida.

Dia desses, enquanto recebia uma amiga em casa, a conversa da mesa foi sobre marmita. Na verdade, foi sobre os potes (no popular, tupperware). Mainha é um exemplo claro da máxima "se houver um assalto, entregue bolsa, celular, roupa, tênis e meia. Volte nua para casa, mas não me volte sem o pote para eu colocar seu almoço no dia seguinte!". Aliás, acho que todas as mães. Não sei o que danado tem um pote para agradar tanto. Vovó é assim também. Quando manda alguma comida lá para casa, ela cobra e ainda diz qual é a cor da tampa. Para nós, filhos, é muito prático: perdeu? compra ali nos lojões de R$ 1,99.

Sua mãe também já deve ter concordado com a professora ou com sua chefe quando ouviram que sua cria conversa muito e brinca demais. "Ah, é mesmo. Tacyana não tem limites quando começa. Já disse para ela maneirar, mas falo em vão. Até porque, você sabe, conselho de mãe nunca vale. Só escuta o que quer".

Aqui já entra outro ponto de TODAS as mães: dramaticidade. Dizem que foi a partir de um grupo de mães que surgiu o gênero dramático. Não tem Maria do Bairro e nem Luiz Fernando (valeu, Mary). A mãe é craque em aumentar o mimimi. E quem nunca ouviu um "Ah, mas se fosse para Fulano, você fazia. Como é pra mãe, não faz..".

Outro ponto delicado diz respeito às saídas para farras. Ainda que você não chegue bêbada, tropeçando e rindo até com o abanar de rabo do totó, ela vai falar algo. Se chegou cedo, é porque chegou cedo. Se chegou tarde, ai, ai, ai. Se sair todo final de semana, vem com um "mas não para em casa essa  menina". Se não sair nunca, comenta "Não adianta economizar. Você junta dinheiro, mas a vida vem e leva."

Falando em sair, lembre-se sempre de dar notícias. Não tenha medo de parecer pegajoso com sua mãe. Se você sair e demorar a ligar, a primeira coisa que você vai ouvir "eita, sumida. Lembrou que tem mãe?!"

Se não gostou de um amigo ou namorado seu, lascou. Não se mete, mas deixa beeeeem claro que não gostou. Lembro de um ex da minha irmã que, além de não agradar em nada, nos convidou para um jantar. Lá fomos e, no meio do encontro, ele contou todo animado que tinha dado um soco em um cachorro. Foi quando ele, perdoem-me a expressão, cagou de vez. Voltei para casa sei nem olhar pra cara de mainha. Até hoje, se falarmos no dito cujo, mainha vai encher o peito e imitá-lo. Pode ter cer-te-za!

Mainha, aliás, me manda atualizar o blog. Hoje, ao comentar que eu tinha que atualizar aqui, ela "ih, nem lembrava mais que você tinha ele ainda". Como ela será a primeira a ler, vou limpar a barra: mãe, te amo!. Ah, e não vou dormir em casa hoje, tá? A gente se fala.
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