28 de setembro de 2011

Murphy e eu

Eu pedi ontem para que a Lei de Murphy estivesse fora do meu caminho. Mas o efeito foi contrário. Do abrir dos olhos ao adormecer, minha paciência e humor foram testados.

Você acorda pisando com o esquerdo quando nenhuma roupa veste bem em você, mesmo que você já a tenha usado várias vezes. Mas, ok. Respira, veste e se conforma quando decide que tem que renovar o armário com uma numeração menor. Calça o All Star e não consegue nem levantar devido a um calo. Troca o tênis e nenhum ajuda. Por fim, vamos de rasteira mesmo. Dói do mesmo jeito, mas simbora. Desci e, da portaria, você vê que chove muito. Sobe para pegar sombrinha e um chinelo e volta para a porta do elevador. Quando ele chega, lembra que a sombrinha ficou na cama. Volta ao quarto e pega, e já troca logo a sandália. Desci, finalmente, e sol! Cadê aquela chuva?

Na parada, uma senhora, que não sabe lê ou não enxerga bem, está lá. Já a conhecemos. Todos foram embora e fiquei só com ela para esperar ela pegar o ônibus dela. Enquanto isso, coloquei a rasteira de novo. Obviamente, passaram dois meus. Chegou mais gente na parada e não a deixei só. Peguei o meu ônibus e o dela vinha atrás. Ufa. Desço na frente do trabalho. Deveria. O motorista, desatento, passou. Eu, na porta traseira, fui mancando até ele (e o ônibus é o articulado) e:

Eu: Motorista, você queimou a parada?
Ele: você ia descer?
(queria dizer: não, apertei porque tô malhando no ônibus)
Eu: sim, ia. Inclusive, a luz do seu painel está acesa.

Voltei mancando e desci. Manquei mais algumas quadras e cheguei ao trabalho. O dia foi até normal. Quando fui embora, fiquei esperando o elevador. Esperando, esperando..até lembrar que está com defeito: teria que descer até o 11º e acioná-lo de lá. Fiz. Era a única e comecei a ler o livro. Chegou mais gente e mofamos esperando. Quando o elevador veio, todos entraram, desrespeitando a ordem, e me deixaram com cara de mané. Esperei de novo e veio lotado. Desci pela escada.

Fui para a parada e vinham dois ônibus da mesma linha. Você pega o primeiro porque o outro com certeza queimaria a parada. Mas é claro que o primeiro é sempre cheio. Desci e fui para casa achando que meu dia acabaria. Mas aí o porteiro me avisa: "seu elevador está quebrado". "Não! Mentira, né?". "Verdade, e tome suas cartas", diz ele. Respondo: "pois fique com elas que tô na rua". Saio, compro Doritos e refrigerante e vou para um dos bancos. Vi que tinha um papel colado em um deles. Desviei e fui em outro. O mesmo papel: "tinta fresca". Chão, aí vou eu.

Sento na humildade quando um skatista resolve perambular na minha frente. Virava uma página do livro e ele passava; virava outra e ele voltava. Desisti e recuei mais um pouco. Depois de compartilhar no Facebook minha situação, mainha liga: 

Ela: Tacy, você tem  a chave da área de serviço
Eu:  Mãe, não tenho
Ela: Tem sim. Na outra vez foi a mesma coisa. Pegue na sua bolsa.
Eu: É verdade! Achei! Vou subir

Subi e...fóm. São duas fechaduras e eu só tenho a chave de uma. Tentei ligar para ela, mas o celular estava sem sinal. Taty chegou e não a vi entrar. Depois, subi e a porta da área de serviço estava fechada. Bati, bati e ela abriu: "Por que tu não subiu pelo social? Já está funcionando e eu pedi pro porteiro te avisar".

Teve mais um fator, mas vai ficar guardadinho para mim.

Corri. Jantei rápido, conversei rápido com mainha e Taty e voei para o quarto para encerrar o dia, finalmente. O dia não amanheceu melhor, mas Murphy que não cruze meu caminho hoje!

26 de setembro de 2011

Descartáveis

Já disse em algum momento aqui no blog que desconfio seriamente de pessoas que não gostam de animais. Falando especificamente de cachorros, meus preferidos, não julgo quem não alimenta a mesma paixão que sinto. Mas recrimino seriamente quem os maltrata, como se os bichos fossem objetos, coisas. 

Isso vale para quem paga caro por um até enjoar. Passou o modismo, descarta-o na rua. Se tiver a menor noção de responsabilidade, doa a alguma instituição. Outros, com instintos incontroláveis, agridem os cachorros. Já vi notícia de 'gente' que queimou, espancou, atropelou...E isso pelos motivos mais fúteis. Só pelo prazer de praticar maldade mesmo. Tentei criar um pitbull que estava na rua com alguns sinais de agressão. O cachorro mais doce que tive. Não pudemos ficar com ele, mas conseguiu um excelente dono.

Isso reitera uma frase que ficou na minha cabeça depois de uma conversa: "as pessoas estão muito descartáveis". Realmente. Se uma pessoa é capaz de maltratar um ser inofensivo (sim, acho que o cão só se torna agressivo por culpa da criação), com força e inteligência inferiores..imagina! Por isso, conhecendo mais os humanos e amando mais os cachorros.

Mocinha me levando para passear

25 de setembro de 2011

O famoso dito "quanto mais conheço os humanos, mais amo os cachorros" me veio à cabeça quando li no Facebook de minha mãe a notícia de um cachorro que

13 de setembro de 2011

Miss Piaba

Leila Lopes (saudosa!) é a vencedora do Miss Universo. Realizado ontem, o concurso elegeu a angolana para representar a beleza e o sonho de paz mundial. E vai representar organizações, sorrir para todo mundo, fazer comerciais, tirar foto com pobres..essas coisas.

Pois bem. Isso não me causa inveja porque...sou a única vencedora do Miss Mercado Público. Representei o de Água Fria, mais especificamente, o box 64, que vendia frutos do mar. Assim, com patrocínio da Coqueiro, fui a Miss Piaba. Depois de uma disputa apertadíssima, levei o título. Recebi a faixa em uma festa de aniversário que, só de lembrar, ainda causa ressaca em quem foi. 

Foi um longo reinado e de muitas homenagens, como a daqui. Clique da memorável noite:



9 de setembro de 2011

A tal releitura

Tenho muito medo de releituras. Quando vou a algum bar que tem música ao vivo, travo porque sei que lá vem novas versões de músicas clássicas, que todos conhecem daquele jeito.

Mas esses cantores não se conformam. Não basta cantar Oceano, Bem que se Quis e Iolanda. Não! Tem que começar com "ummmhummm", "nánánuôôôuuuyeaaahh". Quando não tem miado, tem todo um novo arranjo. Aí, meu amigo, a perda é geral. Foi mais ou menos isso que Claudia Leitte fez durante show no Carnabrahma, esta semana, no Cabanga.

Fazendo a linha "amo Recife'', cantou Manguetown, de Chico Science, numa frustrada tentativa de homenageá-lo. Eis:




Deu nisso, né? Olha agora a versão, já na voz de Du Peixe:



Cláudia, volta para cantar Bola de Sabão.

1 de setembro de 2011

Agora vai

Contrariando a tradição de esperar pelo fim de ano para elencar juras e promessas, resolvi fazer minha lista em agosto. Não é longa, até porque me conheço e sei da minha disposição em cumprir cada item. São coisas possíveis. As escolhas aconteceram por um motivo apenas: ocupação.

Chega de ócio. A mente e o corpo precisam se ocupar mais. Preciso me explorar mais e sair do marasmo. Ou da bolha mesmo. Novos livros e novas atividades que hão de gerar novos pensamentos e novas atitudes. Princípios intactos. Questionados, mas intactos.

Primeiro passo foi dado ontem, quando me inscrevi na pós. Foi uma decisão extremamente tardia, mas ainda é válida. Preciso manter o impulso para outubro, quando farei a matrícula de fato. Assim, já ocuparei duas noites da semana. Quando houver trabalho, mais dias ocupada, pensando e estudando.

Para os outros dias, vou me policiar para manter uma agenda de compromissos. Devo escolher entre natação (pela coluna), caminhada com totó (improvável porque ela tem preguiça) ou retomar a compra da bike para pedalar pela Aurora. Nos finais de semana, algum tipo de programação. Como moro no Centro, não faltam opções de teatro, shows, feiras e afins. Sem falar na praia. É bom pegar um sol, colocar o pé na areia e tirar o mofo. E também comer empada, cachorro quente, amendoim, ovo de codorna, caldinho...

Também vou me voltar mais para a espiritualidade e me mover para fazer o bem. Importante se sentir útil e em paz, com tranquilidade e bem-estar. Dar continuidade à terapia está na lista também. Vou diminuir minhas doses de Cartola, Teresa Cristina, Pedro Miranda e Casuarina. Vou começar a ouvir músicas, para mim, desconexas e que eu não entenda. Vou virar metaleira, usar bandana, esperar o próximo festival e fazer o símbolo com a mão: \m/. 

Aos que convivem comigo, de qualquer lugar e frequencia, favor paciência e incentivo. Se quiserem fazer doações dos equipamentos da bike ou livros, só pedirem meu endereço. Serei grata e ainda faço Mocinha dar a pata.
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