13 de fevereiro de 2016

Desilusão.doc

Hoje, em uma emergência hospitalar, descobri quando começou meu Currículo Lattes de Desilusões.
Estava olhando para a máquina de comidas da sala. É aquela de filme. Tem chocolates, salgadinhos, sanduiches, bebidas não-alcoólicas. E aí, claro, é só colocar a grana, pegar o produto e correr para o abraço. Na verdade, imagino que seja assim. Não ousei chegar perto do equipamento por motivos de vergonha. Emergência lotada de pessoas quase transformadas em zumbis, mas que ficam de olho em quem vai pra máquina e não perdem um só movimento. Tão cheia que, se eu ainda usasse o Tinder, era possível sair já casada daqui.
Voltemos! Ao olhar para a máquina, lembrei daquela beeem antiga e cheia de urso, relógio, rádio, guloseima. Funcionava assim: o ser colocava a ficha, pegava a manivela e levava o gancho para o item que queria, mesmo lutando contra o tempo da máquina. Depois selecionava, pegava o produto e exibia pras amigas da escola. Seria assim.
Realidade:
Otária compra a ficha >> direciona a manivela para o urso >> ela finge pegar o brinquedo, sobrevoa um relógio e levanta vazia >> vem balançando até o final do percurso meio que comemorando seu fracasso >> tente outra vez.
É aquele vai vai vai vai vEPAAA volta volta e foi. O quase vai. Aquele 99% de agora vaiiii e o 1% que vem sorrateiramente, faz a ola e ainda grita olééééé.
Foto: Google
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