7 de junho de 2010

Pelo (meu) bem


Diante de uma imagem de farrapeira e de uma pessoa que não tem consideração pelos amigos, dei início, ainda que involuntariamente, a uma campanha para reverter essa visão. Mas já vou confessar: não é fácil. Sinto que sempre vai haver cobrança, ainda que eu esteja me desdobrando para conseguir me redimir com todos.

Na última sexta-feira, fui à comemoração do aniversário de uma amiga da faculdade. Ela, sempre que está com paciência, me chama para sair. Na verdade, tem até se tornado escasso o número de convites. Enfim. Compareci e acho que não fiz feio.

No sábado, foi a vez de uma outra amiga da faculdade. Aí, sim, minha responsabilidade era maior. Há tempos que tentávamos marcar, mas não conseguíamos nos ver. Uma parte é culpa minha, confesso. A outra é dela. Ou do filho pequeno dela. Ou do tempo. Ou de qualquer coisa. Como não poderia deixar de ser, foi com enorme dificuldade que nos encontramos em um bar junto com mais outras amigas. E deu certo.

No domingo, o mais improvável: aniversário de uma amiga que conheci durante estágio em uma assessoria de imprensa. Obviamente, esse seria o único local que nos esbarraríamos. Ela, gazela assumida, freqüenta os lugares mais finos-e-fofos-da-sociedade-pernambucana. Eu, não. Estou longe de encontrá-la, sem que tenhamos marcado, em alguma festa num sábado à noite. Ela marcou no Nakumbuca, onde nunca fui por falta de interesse. Não sei dizer o tempo que não a via, mas tem muito tempo. Como ela estava na lista dos que me cobravam um almoço ou o que quer que seja, lá fui eu para o bar. Lá chegando, como eu previa, não conhecia absolutamente ninguém. A aniversariante não poderia conversar exclusivamente comigo, então, fiquei só. Bem só. O maior diálogo que travei com alguém foi:

A voz: essa cadeira está livre?
Eu: (deixando de ler o cardápio pela milésima vez): Sim, pode pegar.
A voz: Obrigado.

Pronto. O resto do tempo foi dividido entre olhar para o bar, para a mesa, para o garçom, para a televisão...No geral, foi bom. Minha moral, espero, está elevada e, humildemente, me senti importante prestigiando-a.

Vamos aos próximos da lista.

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