20 de agosto de 2010

A ponta de inveja


Sabemos que é condenável o ato de sentir inveja. Infelizmente, na última quarta-feira senti imensa inveja da torcida colorada. Ao assistir à vitória espetacular do Internacional em cima do mexicano Chivas, senti uma baita dor de cotovelo ao não lembrar a última vez que pude comemorar tanto junto ao meu time, o Santa Cruz.

Deitada, vi torcedores emocionados, jogadores ansiosos pelo fim da partida e, depois, para erguer a taça. Os fogos, a fumaça que pairava o estádio, o buzinaço e a vontade de ligar pros amigos que torcem para times rivais...tudo isso está apagado na minha mente.

Como sou nova, não vivi momentos de muita glória com o Mais Querido. Lembro apenas de nossa subida à Série A – e, mesmo assim, se a memória não me falha, não subimos como campeões. Registro que fomos vencedores da Copa Pernambuco, que nos trouxe alegria, mas ainda não foi A (em maiúsculo mesmo) conquista. Restou-me dormir com o cotovelo dolorido, achando que acordaria livre desse sentimento pequeno. Bobagem!

Ao me arrumar para o trabalho, no dia seguinte, vi a camisa do Santinha e voltou todo o meu despeito. Não é inveja da má e nem vergonha do nosso tricolor. Jamais! Achei merecida a conquista to Inter. Jogou bem e colocou os mexicanos no bolso. O que senti foi a angústia de não poder gritar ao mundo que somos campeões, de silenciar as torcidas adversárias com nosso orgulho saltando pelas ruas. Mas, como fiéis que somos, vamos seguir em frente atrás desse objetivo. E, com essa conquista, meu amigo, ninguém nos deterá. Colocarei a camisa tricolor e usarei como farda aqui no trabalho. E vão ter que nos aturar.

É disso que falo:

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