A deputada federal Maria Rosário (PT/RS), propôs um projeto de lei defendendo que a educação de crianças seja baseada apenas no diálogo. Assim, proíbe que pais utilizem palmadas, beliscões ou qualquer tipo de agressão como forma pedagógica em crianças. É a chamada Lei da Palmada.
O projeto ainda está caminhando para a aprovação - ou não. Bem, se meu voto fosse consultado, diria não. Para quê mais uma lei para defender o que já prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente, que acaba de completar 20 anos de existência? Não seria mais lógico revisar o ECA?
Um advogado, em entrevista que acompanhei, utilizou a Lei Seca como parâmetro. Ele questionou: desde quando foi permitido ao cidadão beber e, em seguida, dirigir? Nunca. E continuou: E agora, quando deixou de ser ilegal pais baterem em seus filhos? E o crime de maus tratos?.
Concordo plenamente com ele. Espancamento gera violência. Assistindo à reprise de Happy Hour, um psicólogo afirmou que crianças com mais de cinco anos já conseguem compreender o que os pais querem ensinar. Assim, o diálogo é a principal via que leva à educação. Nestes casos, agir com palmadas (daquelas violentas) vai piorar o relacionamento e comprometer a formação dos pequenos.
Crianças pequenas ainda não entendem bem o motivo que o impede de colocar a mão na tomada. O pai fala, repreende e o pequeno insiste em colocar o dedo. O que fazer? Explicar que o choque pode causar queimadura ou fibrilação cardíaca? Resta apelar para algo físico. Mais uma vez, não estou falando de surras, mas de um ''solavanco'' para despertar a criança.
Não sou mãe, mas sinto que, dependendo do que meu filho fizer, levará uma palmada. Apanhei algumas vezes na infância, quando minha mãe julgava necessário. E minha irmã levou algumas também. Hoje eu concordo com os motivos - nem todos, viu, mãe!? Não crescemos violentas ou temerosas. Somos educadas, sabemos nossos limites e a consequência de nossos atos.
Obviamente, o resultado da educação varia porque estamos falando de personalidades e formação de cidadão. Mas acredito no amor e na intenção de educar com bom senso e responsabilidade.
1 Comments:
Zaíra
disse...
Só não concordo com "nem todas!" Todas as vezes que foram necessário bate , bati mesmo e não me arrependo não. O Estado deveria se preocupar com outros problemas e não se meter na intimidade de uma família. Sou contra o espacamento! Tem gente que exagera mesmo, mas uma palmadinha não faz mal a ninguém, já diria aquela música!
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Só não concordo com "nem todas!" Todas as vezes que foram necessário bate , bati mesmo e não me arrependo não. O Estado deveria se preocupar com outros problemas e não se meter na intimidade de uma família. Sou contra o espacamento! Tem gente que exagera mesmo, mas uma palmadinha não faz mal a ninguém, já diria aquela música!
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