Tenho um talento nato para lidar com crianças. Adoro esses pequenos seres. Pena não ser recíproco. Antes que eu chegue ao motivo que me trouxe aqui, vale relembrar alguns casos:
Caso 1
Uma colega do trabalho levou o filho para o escritório. Ele é lindo, fofo demais. Fui tentar ficar amiga dele. Puxei o assunto:
Eu: Lindo, você aqui! Está faltando aula, né? haha..
Ele: eu estudo à tarde.
Ele: eu estudo à tarde.
Calei-me.
Caso 2
Ontem, fui bater papo com João, filho de Bruna. Ele tem dois anos. Depois do blábláblá de saber como ele estava, e óbvio, não obter muito sucesso na resposta, ele peguntou "tudo bom?". Me derreti na hora e disparei:
Eu: vou casar com você, viu??!!
(silêncio na linha)
Bruna pega o telefone e: Menina, o que tu falou para ele? Ele ouviu alguma coisa e tirou logo o telefone do ouvido!
Acho que é a mãe dizendo para ele curtir a vida antes de assumir compromisso! Só pode!
Caso 3
Ontem à tarde recebi a ilustre visita de minha amiga Bruna e João, o amor da minha vida. Aí, como está chegando o aniversário de um ano dele, fomos na casa de uma mulher que fez o bolo do anivresário da mãe dela. O lugar é um pouco longe, fica na mesma rua onde morei.
Lá fomos nós. Fizemos um revezamento com João e ficamos distraindo ele com as coisas da rua, como se faz com todas as crianças.
Aí...
Buh: ò, Jão, um carro.
[ele, no meu braço, vira e olha]
Eu: Eita, Jão, vem um carro grande agora
Buh olha pra minha cara e depois fala para ele: Jão, ela quer dizer "ônibus"
¬¬'
eu não sabia que ele já sabia o que é ônibus, né?!
Agora, o mais atual:
Fui ao shopping na semana passada. Depois de cumprir minha missão, como boa adolescente, fui comer. A praça estava cheia e minha opção acabou sendo uma mesa com mais de seis lugares. Quanto estou na minha segunda mordida, vem uma trupe cheia de crianças e pais e me pergunta se podem se alojar ali. Simpática que sou, afirmei que sim, claro.
Um rapaz, suponho que seja um pai, acomodou a menina e dois meninos e fez nossa apresentação. Após isso, foi comprar o lanche para elas. Pronto, começou o drama. Sem saber o que conversar arrisquei;
Eu: Passeando?
A menina: sim.
Eu: hum....
(silêncio angustiante. Eu deveria ter levado como um sinal, mas não. Insisti - e logo com a menina, que era a mais nova, mas a mais esperta e antipática)
Eu: Está de férias?
Ela: aham.
Eu; E passou na escola?
(ao ver a reação dela, fui tentar consertar)
Eu: Ah, não. No meio do ano não tem provas assim
Ela, com uma cara de desdém, não respondeu. Abriu a mão e virou a cabeça em uma clara expressão de : óbvio, né, jumenta!?Viram que eu tento, né?
1 Comments:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, eu adorei as suas tentivas Tacyana. Pelo menos você tenta...
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