27 de agosto de 2008

Chuva!

Vim fazer uma campanha para que o trabalho seja suspenso em dia de chuva. Não é, necessariamente, por preguiça, mas pela quantidade de situações que impedem de te deixar disposta e humorada para você ir para o emprego.

Considerando que o trabalhador utilize o nosso querido ônibus para se locomover, o dia já está fadado ao estresse. Você escolhe a roupa e, quando percebe, não está nada apropriada para o clima chuvoso. Não que você tenha colocado bermuda e havaiana, mas a calça está comprida e, como você mora no Recife, sabe que as ruas ficarão alagadas e a sua calça ficará enxarcada. Assim, se você insistir em usar a bendita calça, vai sentir frio, além de carregar lama e areia na roupa.

Mudando de roupa ou não, você está pronta para ir ao trabalho. Olha para o céu e vê que ele está nublado. Guarda a sombrinha na bolsa e sai. Pronto. É só colocar o pé fora de casa para que São Pedro libere a chuva. Lá vai você abrir a sombrinha - que é um objeto irritante de carregar.

Quando vem o ônibus, você tem medo de esticar o braço para acioná-lo, afinal, vai acabar se molhando. Mas como é no horário de movimento, tem umas 15 pessoas que vão subir junto com você e já se encarregaram de estender o braço. Não é só isso. Eles já passaram por cima de você para subir primeiro.

É só entrar no ônibus para você sentir saudade da rua. As janelas fechadas acabam com a circulação do ar e causam aquele abafado. Só quem está sentado é que acha o máximo fazer desenhos no vidro embaçado. Sentados e acomodados, eles não estão muito preocupados com os que estão em pé, tendo que se equilibrar, segurar as sacolas e ainda economizar a respiração. Não esqueça da sombrinha que está pingando horrores no chão, ou, no meu caso, no colo de quem está sentado (quando percebi, eu tirei, claro).

Saldo parcial: roupa ainda um pouco seca, corpo molhado (chuva + o suor do abafado), cabelo em transição para seu pior estado de apresentação e o humor tentando se manter ativo.

Mas calma! Não custa nada rir das situações horríveis.

Para quem só pega um ônibus, ainda é possível sair ileso da tempestade e suas consequências. Já para quem precisa pegar outro, a tortura é prolongada. E lá vai o mesmo esquema: medo de molhar o braço, ônibus abafado, falta de ar, sacola, sombrinha, etc. A diferença é que o cabelo já não aguenta mais chuva e o vento (quando você está na parada) e se entrega. Fica naquele estado que você tanto teme. Vale ressaltar que esse quesito se atribui àqueles que possuem o cabelo, digamos, rebeldes e indisciplinados, como dizem os shampoos.

Me diz mesmo se temos condições de trabalhar num dia como esses?! O seu rendimento cai, você mal responde os cumprimentos que te fazem, você quer que o expediente acabe logo e por aí vai.
Tá vendo que tem lógica?
Ai que inveja de quem vende sanduíche na praia...

2 Comments:

Luciana Menezes disse...

aff maga trabalhar em dia de chuva eh uó mesmo muito ruim ainda mais pra nós q pegamos busão...
ah e por falar no meu post... não to acabando com as magrelas nao eu tenho uma mó inveja das magrelas
kkkkkkkkkkkkkkkk
bjao enorme

Tatiana Notaro disse...

Seria uma boa solução você trocar a sombrinha por uma capa de chuva e o busão por uma bicicleta. Economiza o dinheiro da passagem, sai do sedentarismo e ainda evita todos esses constragimentos.

Gostei.

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