Enquanto isso,
tenho feito coisas que nem cogitava, como malhar (ok, optei pelo nível de
iniciantes no aplicativo, mas já comprei colchonete esportivo) e participar de
um programa de meditação. Ambos exigem disciplina, um defeito gravíssimo que
tenho e sempre ignorei. Agora, como boa parte das desculpas foi embora
(ausência de tempo, trânsito, custo...), precisei olhar com atenção minha falta
de comprometimento e envolvimento com algumas coisas.
Fiz a inscrição
em três cursos e evidentemente eu não ia conseguir dar conta deles. Fato.
Precisei escolher e me dedicar a um e assim o fiz. Cumpri toda a carga horária
do Reaprendizagem Criativa e, apesar de algumas aulas serem exaustivas, foram
bem prazerosas e ricas. O certificado vale muito mais que a inclusão no
currículo. Assisti a várias lives, de sertanejo a palestras sobre feminismo e
questões raciais.
Também voltei a ler
livros. Talvez até tenha batido a meta mensal que estipulei no começo do ano,
mas não estou me atendo a isso. Li alguns pfds e descobri que meu pacote de
internet dá direito a uma obra digital por mês. No entanto, o que realmente me
fascinou foi receber livro em casa e poder, depois de uns dias isolados,
folhear, sentir a textura e ter pena de abrir ou dobrar as folhas.
Descobri ainda
que podemos consumir dos pequenos. Baseei minhas compras nos mercados,
quitandarias, papelarias e padarias de bairro. Ah, vendedores de quitutes
congelados e de cerveja também entram nessa relação. Capinei, troquei tela das
janelas, montei cadeira de escritório, matei mosquitos, mudei posição do
quarto, , ganhei calos nas mãos de tanto usar o rodo para passar pano e
ressequei os pés, quando ainda deixava eles em contato com a água sanitária –
que, aliás, manchou algumas roupas nesse período.
No mundo lá
fora, mais de 86 mil mortes. Um número muito maior de pessoas chorando suas
perdas e tendo suas dores questionadas, menosprezadas, diminuídas e desrespeitadas
por um desgoverno desumano e desonesto (des, des, des) e pelos seus seguidores.
Às vezes é melhor só olhar para as coisas da casa mesmo como forma de respirar
e respeitar essa sociedade doente.
0 Comments:
Postar um comentário