17 de julho de 2009

Relembrando um post

Lembrei deste post do blog que fazíamos na época da faculdade. Tentarei, aliás, continuar escrevendo para ele. Enquanto isso, lembrei desse e copiei aqui. Já tem alguns anos, portanto, a vida era diferente.

"Bem, comecemos uma série de situações cotidianas e que nos estressam muito, mas depois conseguimos dar boas gargalhadas desses fatos.

Ônibus lotado, povo apertado / Será que na vida tudo é passageiro / Um calor danado, povo sem dinheiro / Tenho lá minhas dúvidas se Deus é brasileiro......(Terrasamba)

Abrindo a temporada (temos que criar um nome), vamos falar sobre o coletivo de pessoas, digamos, menos favorecidas, ônibus. Acredito que todos vocês, cara dezena de leitores, já passaram por tais situações: correr para chegar a tempo - fiz isso ontem-, esticar o braço e o filho da p. do motorista fingir que você nem estava lá, o ônibus passar por uma poça d'agua e o povo olhar para vc com aquela cara "tadinha...se molhou toda.....esses motoristas..." , o passe-fácil acabar justamente no dia em que você planejou carregá-lo, mas acabou não indo e lhe resta como opção fazer rolo.

Dentro do ônibus, outra fase: a da sobrevivência.Você entra no coletivo e, quando está vazio, você é obrigado a enfrentar todos te olhando e analisando sua roupa. Quando cheio, seu único pensamento é "onde vou me enfiar nesta porra?!".

Quando você encontra aquele lugar espremido chega alguém depois para lhe roubar aquele único espaço que você encontrou na barra de ferro (geralmente você perde o espaço quando vai se coçar ou ajeitar alguma coisa. Aí o seu companheiro em pé aproveita e toma seu espaço). Se vc der sorte, a pessoa sentada faz a gentileza de pedir para segurar suas sacolas. Bom, né?!

Mas às vezes a pessoa finge estar dormindo e nem se oferece. Aí começa a dureza! Segurar sacola, se equilibrar com uma mão apenas e, para completar, o 'motô' tá virado na porra e tá na maior velocidade. É quando ouve-se o tradicional grito de guerra "tá carregando boi, é, motorista?!".

Alguém vai passar e leva seu pé, assanha seu cabelo e quando o motorista não pára, é aquele inferno " vai descer, motôôôôôô!!

Já passei por todas as situações citadas e acrescento: já dormi. Não foi um cochilo ou bodeada ou pescada. Apaguei mesmo. Compartilharei. Largo de meu trabalho umas 12 e pouca. Pego meu casaco e ajeito para que ele fique entre meu ombro e a janela e eu possa repousar. Foi o fim! Só acordei lá no meu bairro, ARRUDA. E só acordei porque o cobrador, já conhecido meu de todo santo dia, começou a me chamar. Como não escutei, ele pediu para que uma menina - ela estava lá longe- me acordar. Quando despertei, o ônibus esava parado e todos dizendo "olha a parada..olha a parada!" Só consegui botar o casaco na cara e descer. Ainda sonolenta, segui em frente, mas percebi que não estava indo para o lugar certo. Pensei "ele ainda me acorda no lugar errado!". Qdo me dei conta, EU estava desnorteada e fui pro lado oposto à minha casa. "

Deve ser horrível andar de ônibus.

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